O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou na noite desta sexta-feira (11) que nunca se apropriou ou desviou “quaisquer bens públicos”. Ele também se colocou à disposição da Justiça para mostrar sua movimentação bancária. Segundo a defesa, todas as transações do ex-presidente foram declaradas à Receita Federal e “estão lastreadas em rendimentos pessoais dele”.
O posicionamento de Bolsonaro ocorre após a Polícia Federal apontar que
Na manhã desta sexta-feira, agentes da PF cumpriram mandados de busca e apreensão contra um dos advogados de Bolsonaro, Frederick Wassef, o general do Exército, Mauro Lorena Cid, que é pai do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, e contra Osmar Crivelatti, assessor do ex-presidente.
Um kit de joias colocado em leilão pelo grupo nos EUA tinha estimativa de arrecadação de 120 mil dólares (cerca de R$ 600 mil), mas não foi arrematado. Porém, dois relógios, um da marca Patek Philippe Calatrava e um Rolex, foram vendidos por 68 mil dólares, o equivalente a cerca de R$ 330 mil.
Leia mais:
“O Presidente Bolsonaro reitera que jamais apropriou-se ou desviou de quaisquer bens públicos, colocando à disposição do Poder Judiciário sua movimentação bancária”, diz nota divulgada nas redes sociais por Fabio Wajngarten, que atua como advogado do ex-presidente. Os advogados Paulo Amador da Cunha Bueno e Daniel Bettamio Tesser também assinam o documento.
“Sobre os fatos ventilados na data de hoje nos veículos de imprensa nacional, a defesa do Presidente Jair Bolsonaro voluntariamente e sem que houvesse sido instada, peticionou junto ao TCU - ainda em meados de março p.p. -, requerendo o depósito dos itens naquela Corte, até final decisão sobre seu tratamento, o que de fato foi feito”, diz outro trecho do comunicado.
Veja mais:
Juntamente com a nota divulgada à imprensa, Wajngarten afirma que a defesa “não teme absolutamente nada”, que não há irregularidades e que vai apresentar todas as informações fiscais e bancárias de Bolsonaro às autoridades.
A Polícia Federal encontrou mensagens que indicam que o relógio da marca Rolex que Bolsonaro recebeu de presente da Arábia Saudita e foi vendido pelo grupo nos EUA precisou ser “recomprado” diante da iminência do TCU ordenar a devolução do item ao patrimônio público. Frederick Wassef teria sido o responsável por viajar ao país norte-americano para reaver o item.