O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus principais assessores teriam tentado vender no exterior ao menos quatro conjuntos de presentes recebidos pelo então mandatário em viagens internacionais, segundo a Polícia Federal (PF).
Entre os itens que tentaram comercializar estavam (veja na galeria acima):
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esculturas douradas de um barco e de palmeira;
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conjunto de itens masculinos da marca Chopard intitulado “kit rose”, contendo uma caneta, um anel, um par de abotoaduras, um rosário árabe (masbaha) e um relógio;
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relógio Patek Philippe;
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conjunto de joias contento um anel, abotoaduras, rosário islâmico (masbaha) e um relógio de ouro branco da marca Rolex.
O valor dos presentes oficiais dados por autoridades estrangeiras à Presidência da República é estimado em mais de R$ 1 milhão.
O relatório da PF que aponta as suspeitas sobre Bolsonaro e seus assessores embasou a operação realizada nesta sexta-feira (11) para apurar desvios de objetos da União.
A investigação indica que o ex-presidente “determinou” que as joias do acervo da Presidência da República recebidas de autoridades árabes fossem direcionadas para o seu acervo privado, que o material deveria ser vendido e o dinheiro repassado em espécie para ele.
Entre os alvos da operação da PF, além de Mauro Cid, estão seu pai, general Mauro César Cid, o ex-advogado de Bolsonaro, Frederick Wassef, e o ex-assessor especial da Presidência, Osmar Crivelatti. A operação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
*Com informações de Gabriel Ferneda e Léo Lopes, da CNN