O Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou durante discurso na abertura da 62ª Reunião da Cúpula do Mercosul, na Argentina, que o bloco sul-americano deve apresentar, em breve, uma contraproposta à União Europeia sobre o acordo entre os dois grupos. “Em alguns dias, pretendemos apresentar para exame de todos uma contraproposta de reação à carta adicional da União Europeia, com o intuito de destravar a negociação birregional”, declarou.
Os pontos adicionais que foram acrescentados, em 2023, ao acordo fechado em 2019, tem sido alvo de críticas constantes, inclusive, do próprio presidente Lula. As questão são relacionadas à exigências ambientais severas como condição para o estabelecimento de relações comerciais.
Venezuela
A Venezuela não foi citada no discurso do ministro, apesar de o governo brasileiro defender o retorno dos venezuelanos ao bloco. O país está suspenso, desde 2016, por não ter cumprido regras como adoção de tarifa externa comum, respeito às instituições democráticas e aos direitos humanos.
Prioridade
Segundo o ministro, “na vertente interna”, a prioridade do Brasil é concretizar “propósitos estabelecidos no Tratado de Assunção, inclusive com a eliminação de barreiras ao livre comércio e a promoção da harmonização regulatória”. Um dos objetivos é avançar para incorporação dos setores de açúcar e automotivo no livre comércio do Mercosul, que é a circulação de bens e mercadorias sem tarifas alfandegárias ou com tarifas diferenciadas.
