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Prefeitura de BH define projeto para aeroporto Carlos Prates e obras podem começar após setembro

Local foi desativado no início de abril e cinco aviões ainda devem deixar terreno; veja o que prevê o projeto

Prefeitura de Belo Horizonte possui pré-projeto para terreno onde funcionava aeroporto Carlos Prates

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) já definiu o que pretende construir na área do aeroporto Carlos Prates, no bairro Padre Eustáquio - em processo de desativação desde o começo de abril. O próximo passo é apresentar o pré-projeto ao governo Lula para a aprovação e a transferência definitiva da posse do terreno para o município.

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O Executivo quer utilizar a área de 547 mil metros quadrados para construir cerca de 2 mil moradias, uma escola municipal de educação infantil (Emei), uma escola municipal de ensino fundamental (Emef), um centro de saúde, uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), parques, praças, ciclovias, centro esportivo com quadras e campos, espaços para comércio, além da preservação do parque já instalado no local.

“É uma área que está sendo bem pensada para ser um bairro de ponta”, afirma Lidia Vasconcellos, assessora especial que cuida do projeto na prefeitura. Ela concedeu entrevista exclusiva à Itatiaia.

Segundo a assessora, além de audiências públicas na Câmara Municipal e na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, foram feitas reuniões para ouvir as demandas da população.

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Posse definitiva

Atualmente, a PBH tem os direitos provisórios sobre o terreno por meio de um termo de delegação que se encerra no mês de setembro. Para obter a posse definitiva e poder começar as obras, a prefeitura precisa que a Secretaria de Patrimônio da União aceite a proposta para a destinação da área e faça uma vistoria atestando que o aeroporto foi totalmente desativado.

“Nós nos colocamos um prazo dentro do prazo do convênio, que está vigente até setembro. É lógico que a gente pretende fazer o quanto antes porque nós temos urgência, pressa em começar a ocupar e de fazer as atividades no espaço do aeroporto. Não tem um prazo, uma data definida. Nós estamos trabalhando para que isso ocorra o mais rápido possível antes de setembro”, explicou a assessora especial.

“A partir do momento que o município tiver a propriedade, que é a transferência definitiva desse imóvel, ele já pode começar imediatamente (as obras)”, acrescentou Lidia Vasconcellos.

Desde abril estão proibidos pousos no aeroporto Carlos Prates. Cinco aviões ainda estão no local e têm que sair até o dia 31 de maio.

Em seguida, começará o desmanche dos hangares, retiradas de peças de carcaças e o desmonte de todas as estruturas que não são patrimônio do município e nem do governo federal. Apenas após essa fase o aeroporto será considerado completamente desmobilizado e passará pela vistoria.

Acesso

Uma das principais preocupações quando a Prefeitura de Belo Horizonte anunciou a intenção de construir moradias na área do aeroporto Carlos Prates era a infraestrutura urbana para suportar a chegada de milhares de novos moradores ao bairro Padre Eustáquio.

Segundo Lidia Vasconcellos, o pré-projeto elaborado pela PBH prevê a melhoria do acesso ao terreno do aeroporto a partir de sugestões feitas por técnicos da BHTrans. “Eles apresentaram propostas para integrar o bairro tanto do lado do Anel Rodoviário quanto na Pedro II e no próprio bairro Padre Eustáquio, pela rua Padre Eustáquio. Nós acreditamos que o que foi apresentado de proposta e que está no pré-projeto atenderá a demanda de mobilidade da região”, disse a assessora.

Revitalização do parque

Enquanto não obtém a posse definitiva do terreno do aeroporto Carlos Prates, a Prefeitura de Belo Horizonte negocia com a Secretaria de Aviação Civil, que atualmente é a gestora do espaço, autorização para realizar obras de melhoria em um parque que já instalado no local.

“Esse parque está fora da área do aeroporto e tem algumas unidades com equipamentos esportivos que o município, com o aval da secretaria, pode revitalizar esse espaço”, disse a assessora especial. “A gente quer mexer no parque para poder abrir esse espaço para uso da população”, concluiu Lidia Vasconcellos.