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Consórcio Equipav-Perfin vence leilão das rodovias Varginha-Furnas e terá de aportar R$ 2,6 bi

Pregão aconteceu nesta quinta-feira (25), na B3, em São Paulo (SP); tarifa será de aproximadamente R$ 13,18

Mateus Simões liderou a comitiva mineira que esteve na Bolsa de Valores

O consórcio Infraestrutura MG, formado pelas empresas Equipav e Perfin, vai administrar 432,8 quilômetros de rodovias no trecho Varginha-Furnas, entre as cidades mineiras de São Sebastião do Paraíso e Três Corações. As duas companhias venceram um leilão promovido pelo governo de Minas Gerais nesta quinta-feira (25), na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo (SP).

A empresa propôs cobrar aproximadamente R$ 13,18 como tarifa de pedágio aos motoristas. O índice foi fundamental para a vitória do pregão.

A Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra) do governo de Romeu Zema (Novo) espera investimentos de R$ 2,6 bilhões nas rodovias. Desse valor, R$ 1,3 bilhão precisa ser aportado nos oito primeiros anos de concessão — prevista para durar 30 anos ao todo.

As estradas do lote Varginha-Furnas passam por 22 cidades de Minas. “É uma das regiões prósperas do ponto de vista comercial e industrial do estado, mas também de grande afluência turística. Isso vai fazer com que esse trecho seja muito importante ao longo dos próximos anos”, disse o vice-governador Mateus Simões (Novo), um dos representantes do Palácio Tiradentes no leilão na B3.

As tratativas para conceder as rodovias à iniciativa privada são tocadas pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra). O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também participa do processo.

Segundo Mateus Simões, Zema elegeu a infraestrutura como “grande eixo de desenvolvimento” de Minas Gerais.

Quatro etapas de administração

Em agosto do ano passado, o consórcio Equipav-Perfin já havia arrematado dois lotes de rodovias em Minas — no Sul e no Triângulo.

O acordo em torno das rodovias de Varginhas-Furnas prevê quatro etapas de administração. Primeiro, há os trabalhos para as correções imediatas dos problemas flagrantes das vias. Depois, vêm a fase dos “projetos robustos”, que podem incluir a construção de novas pistas e viadutos.

A terceira etapa da concessão prevê a ampliação das rodovias a partir de instrumentos como a duplicação das vias e o uso de terceiras faixas para aumentar a fluidez do trágefo. Depois, é preciso fazer a manutenção dos espaços.

“É um projeto que faz muito sentido para a nossa plataforma, dado que é transformador para as regiões. Você pode, com organização e planejamento adequado, construir bons projetos e os investimentos necessários para transformar essa rodovia”, garantiu José Carlos Cassaniga, diretor-presidente do consórcio vencedor do edital.

Graduado em Jornalismo, é repórter de Política na Itatiaia. Antes, foi repórter especial do Estado de Minas e participante do podcast de Política do Portal Uai. Tem passagem, também, pelo Superesportes.