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Morte, renúncia, eleição: Câmara de BH já teve 12 trocas de vereadores em dois anos

Renúncias, morte e eleição mudaram a configuração da Câmara de Belo Horizonte desde 2021, quando vereadores assumiram

Câmara já teve 12 trocas de vereadores desde fevereiro de 2021, quando parlamentares tomaram posse

Desde janeiro de 2021, quando tomaram posse, em Belo Horizonte, os 41 vereadores eleitos no ano anterior, a Câmara Municipal já registrou 12 mudanças de cadeira. A mais recente foi confirmada nesta terça-feira (17) pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG): entra César Gordin (Pros) e sai Uner Augusto (PRTB), cujo partido teve os votos anulados após ter sido condenado por fraude na cota de gênero. Até o fim da legislatura, no entanto, o número de trocas na CMBH pode chegar a 14.

Veja também: Quem é César Gordin, que vai assumir como vereador de BH na vaga de Uner Augusto

Desde 2020, 12 vereadores que ficaram como suplentes nas eleições daquele ano conseguiram uma cadeira na Câmara de Belo Horizonte depois do pleito.

A primeira troca ocorreu ainda em 2021. Pedro Patrus (PT) assumiu a cadeira de Sônia Lansky, que renunciou por problemas de saúde. Em julho de 2022, Cleiton Xavier (PMN) assumiu o lugar de Rogério Alkimim (PP), que renunciou durante investigação sobre suspeitas de “rachadinha”.

Em janeiro deste ano houve uma nova leva de mudanças de cadeira, já que seis vereadores foram eleitos para uma vaga na Câmara dos Deputados ou na Assembleia Legislativa de Minas Gerais nas eleições do ano passado. Dessa forma, Bruno Pedralva (PT), Cida Falabella (PSOL), Loíde Gonçalves (Podemos), Maninho Félix (PSD), Uner Augusto (PRTB) e Wagner Ferreira (PDT) tomaram posse.

No mesmo mês, o vereador Sérgio Fernando Pinho Tavares (PL), assumiu o lugar do ex-vereador Walter Tosta, que faleceu. Em fevereiro, Janaina Cardoso (União) assumiu o lugar de Léo Burguês (União), que renunciou também por conta de uma investigação de “rachadinha”.

Por fim, neste mês, o vereador Roberto da Farmácia (Avante) tomou posse ocupando a cadeira de Claudiney Dulim, do mesmo partido, que se afastou da Câmara para assumir a Secretaria de Comunicação e Assuntos Institucionais da Prefeitura de Belo Horizonte.

Confira as mudanças na Câmara de Belo Horizonte

  • Pedro Patrus (PT) entrou no lugar de Sônia Lansky (PT)
    Motivo: renunciou devido a problemas de saúde

  • Cleiton Xavier (PMN) entrou no lugar de Rogério Alkimim (PP)
    Motivo: renunciou em meio a investigações da Polícia Civil sobre esquema de ‘rachadinha’

  • Bruno Pedralva (PT) entrou no lugar de Macaé Evaristo (PT)
    Motivo: tomou posse como deputada estadual

  • Cida Falabella (PSOL) entrou no lugar de Bella Gonçalves (PSOL)
    Motivo: tomou posse como deputada estadual

  • Loíde Gonçalves (Podemos) entrou no lugar de Nely Aquino (Podemos)
    Motivo: tomou posse como deputada federal

  • Maninho Félix (PSD) entrou no lugar de Bim da Ambulância (Avante)
    Motivo: tomou posse como deputado estadual

  • Uner Augusto (PRTB) entrou no lugar de Nikolas Ferreira (PL)
    Motivo: tomou posse como deputado federal

  • Wagner Ferreira (PDT) entrou no lugar de Duda Salabert (PDT)
    Motivo: tomou posse como deputada federal

  • Sérgio Fernando Pinho Tavares (PV) entrou no lugar de Walter Tosta (PL)
    Motivo: falecimento

  • Janaína Cardoso (União) entrou no lugar de Léo Burguês (União)
    Motivo: renunciou em meio a investigações da Polícia Civil sobre esquema de ‘rachadinha’

  • Roberto da Farmácia (Avante) entrou no lugar de Claudiney Dulim

    Motivo: se afastou da CMBH para assumir a Secretaria de Comunicação e Assuntos Institucionais da Prefeitura de Belo Horizonte.

Câmara de BH pode ter mais duas trocas

Uma outra ação que tramita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pode fazer com que o vereador César Gordin (Pros) fique por pouco tempo na Casa. A Corte julga, em breve, uma ação semelhante à que levou ao PRTB ter todos os seus votos anulados nas eleições de 2020: fraude na cota de gênero.

A regra, prevista na legislação eleitoral determina que, ao menos 30% das candidaturas sejam de mulheres. No entanto, há suspeita de que o Pros também tenha utilizado candidatas “laranja” para fraudar a legislação.

Dessa forma, caso o partido perca os seus votos na eleição, tanto Gordin como o vereador Wesley da Autoescola, que trocou a legenda pelo PP, podem perder seus mandatos.

Jornalista graduado pela PUC Minas; atua como apresentador, repórter e produtor na Rádio Itatiaia em Belo Horizonte desde 2019; repórter setorista da Câmara Municipal de Belo Horizonte.
Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.