O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta quarta-feira (5) que não há uma relação direta entre a aprovação do arcabouço fiscal proposto pelo Ministério da Fazenda e a queda na
Campos Neto, que tem sido criticado por integrantes do governo federal desde quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu o cargo, em janeiro, participou de um evento do Grupo Esfera.
A principal crítica do governo com relação ao Banco Central é a atual
Campos Neto disse reconhecer o esforço do ministro Fernando Haddad (PT) para aprovar o arcabouço fiscal no Congresso Nacional, mas sugeriu que, mesmo se o projeto for aprovado, não há certeza sobre uma eventual queda de juros.
“Não existe relação mecânica entre o arcabouço fiscal e a taxa de juros na forma como é colocada. O mais importante é como as medidas que estão sendo anunciadas afetam o canal das expectativas”, disse.
O presidente do Banco Central disse, ainda, que a instituição trabalha com um sistema de metas e que as decisões são baseadas “na inflação corrente, no hiato do produto, que é a capacidade do país crescer sem gerar inflação e na expectativa da inflação para frente”.