A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura denúncias de abuso de poder na prefeitura de Belo Horizonte vai ouvir nesta quinta-feira (23) na Câmara Municipal, três servidores que trataram do processo de cobrança do IPTU devido pelo ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD).
Foram intimados a depor na condição de testemunhas a servidora Ana Paula Chaves Lemos, da Secretaria Municipal de Política Urbana, Eugênio Fernandes, da Subsecretaria de Receita Municipal, e Lucas Ribeiro Horta, da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap).
Os vereadores apuram possível privilégio ao ex-prefeito na cobrança de dívidas de IPTU relativas a um imóvel de Kalil. As três oitivas foram solicitadas pela relatora Fernanda Pereira Altoé (Novo), por Ciro Pereira (PTB), Uner Augusto (PRTB) e pelo presidente da CPI, Wesley Moreira (PP).
Segundo a assessoria da relatora da CPI, Fernanda Pereira Altoé (Novo), “as três testemunhas poderão explicar como funciona o processo de cobrança de IPTU no município, como é feito o lançamento, a identificação de imóveis e se nos processos de cobrança de IPTU do ex-prefeito Alexandre Kalil foram adotados procedimentos diversos dos aplicados ao restante da população”.
Agência de turismo
Na semana passada, a CPI ouviu a empresária Eloá Maria Starling Mendes Ribeiro, dona de uma agência de turismo que teve contratos com a PBH na gestão de Kalil e
Eloá é dona da Unitour Universal Turismo Ltda. que, em 2017, assinou um contrato com a prefeitura, durante a gestão de Kalil, no valor de R$ 1,2 milhão em uma licitação emergencial.
Procurado para comentar os desdobramentos da CPI, Kalil não se manifestou.