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UFMG investiga participação de servidores e estudantes em atos golpistas em Brasília

Professores ou técnico-administrativos envolvidos nos atos de violência e depredação podem ser demitidos

Bolsonaristas invadiram e depredaram prédio do Congresso Nacional no domingo

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) vai apurar denúncias sobre a participação de professores, servidores técnico-administrativos, terceirizados e estudantes que tenham participado de atos golpistas no último domingo (8), em Brasília.

Os episódios de violência culminaram com a invasão, depredação e saque de prédios públicos, como as sedes do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e até o Palácio do Planalto.

De acordo com a universidade, as denúncias tem sido recebidas pela Ouvidoria da UFMG, por meio da plataforma do governo federal Fala.BR.

As informações são encaminhadas para a Corregedoria da universidade para investigação. Caso haja indícios ou seja confirmada a participação de algum integrante da comunidade acadêmica, um processo administrativo será aberto e eles deverão ser punidos.

A universidade confirma, por exemplo, que os servidores poderão ser demitidos por lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional. Golpistas que participaram dos atos violentos no fim de semana também deverão responder cível e penalmente à Justiça Federal. Mais de 1.500 foram presos desde o último domingo (8) e estão sendo ouvidos pela Polícia Federal.

A UFMG repudiou o que chamou de “ataque terrorista” aos três Poderes em Brasília. “A ação golpeia a democracia brasileira e desrespeita a vontade soberana do povo brasileiro, que elegeu legitimamente seus novos governantes, legalmente instituídos em 1º de janeiro”, afirmou a reitora Sandra Regina Goulart Almeida, em nota divulgada no próprio domingo.

Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.