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Tribunal de Contas da União apura irregularidades na PEC dos benefícios sociais em ano eleitoral

Tribunal vai analisar se proposta compromete equilíbrio das contas públicas do país

Tribunal de Contas da União

O Tribunal de Contas da União (TCU) vai investigar se a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que cria benefícios sociais descumpre alguma legislação.

O Ministério Público fez um pedido ao tribunal para que fizesse uma apuração sobre a legalidade dos benefícios que estão sendo concedidos pela PEC, alegando que a criação de um estado de emergência seria um “subterfúgio” do governo federal para turbinar programas sociais a poucos meses da eleição.

“A decretação do ‘estado de emergência’ não seria apenas um subterfúgio para se esquivar das amarras da lei eleitoral? A meu ver, sim”, afirmou o procurador do MP, Lucas Furtado.

No TCU, o processo será relatado pelo ministro Aroldo Cedraz. O tribunal vai analisar se a PEC compromete o equilíbrio das contas públicas.

Votação na Câmara

A PEC, que prevê um pacote de R$ 41,25 bilhões em auxílios e benefícios, foi aprovada no Senado Federal na semana passada e está sendo analisada pelos deputados federais.

Na madrugada desta quarta-feira (6), deputados bateram boca sobre a proposta na comissão especial da Câmara que analisa a proposta. A expectativa de governistas é que o texto seja votado na quinta-feira (7).

A PEC aumenta o valor do Auxílio Brasil (de R$ 400 para R$ 600), dobra o valor do Vale-gás e cria um auxílio de R$ 1 mil específico para caminhoneiros. Os benefícios estão previstos até dezembro.

Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.