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Trump: ‘Estados Unidos querem ajudar a China, não prejudicá-la’

Presidente dos EUA voltou a elogiar o líder chinês Xi Jinping após ameaçar aumentar em 100% as tarifas de exportação

“Não se preocupem com a China, vai ficar tudo bem”, escreveu Trump na sua rede

Após escalar a tensão comercial com a China e anunciar tarifas de 100% sobre os produtos exportados, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que seu objetivo é ajudar os chineses. Em uma publicação na sua rede social, a Truth Social, o republicano ainda elogiou Xi Jinping.

“Não se preocupem com a China, vai ficar tudo bem! O altamente respeitado presidente Xi apenas teve um momento ruim. Ele não quer uma depressão para o seu país –e eu também não quero. Os EUA querem ajudar a China, não prejudicá-la”, escreveu Trump neste domingo (12).

Na sexta-feira (10), Trump havia ameaçado aumentar “massivamente” as tarifas sobre os produtos chineses, começando em 1º de novembro. O presidente dos EUA reclamou do monopólio de Pequim sobre as exportações de terras raras, um grupo de 12 minerais críticos para a indústria e que tem o mercado dominado pelos chineses.

“Acaba de ser revelado que a China adotou uma posição extraordinariamente agressiva em relação ao comércio, ao enviar uma carta extremamente hostil ao mundo, declarando que, a partir de 1º de novembro de 2025, iria impor controles de exportação em larga escala sobre praticamente todos os produtos que fabrica, e até sobre alguns que nem produz. Essa medida atinge todos os países, sem exceção, e foi obviamente planejada por eles há anos”, disse Trump.

Em resposta, o Ministério do Comércio da China pediu para que os EUA reconsiderassem as tarifas e afirmou que o país não teria “medo de brigar” com os americanos. A pasta também afirma que o país controla as exportações de uma lista de 900 itens, enquanto os Estados Unidos possuem restrições sobre mais de 3 mil produtos.

“Há muito tempo, os EUA ampliam de forma abusiva o conceito de segurança nacional e usam indevidamente o controle de exportações, adotando medidas discriminatórias contra a China e impondo jurisdição unilateral extraterritorial sobre diversos produtos, como equipamentos e chips de semicondutores”, declarou a pasta.

A ‘desescalada’ da tensão comercial com a China acalmou o mercado e fez com que o dólar operasse em queda nesta segunda-feira. Após encerrar a semana cotado em R$ 5,51, o maior patamar desde agosto, a moeda americana já teve uma desvalorização de 1,19%, a R$ 5,45.

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Jornalista formado pela UFMG, Bruno Nogueira é repórter de Política, Economia e Negócios na Itatiaia. Antes, teve passagem pelas editorias de Política e Cidades do Estado de Minas, com contribuições para o caderno de literatura.