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Circuit breaker: conheça o mecanismo acionado pela bolsa do Japão nesta segunda-feira

O Nikkei 225 caiu 7%, ampliando a queda de 9% da semana passada; foi o percentual mais acentuado de declínio da bolsa japonesa desde março de 2020, quando os mercados globais sofreram com a pandemia de Covid-19

Bolsa de valores estão em queda após as novas políticas tarifárias dos Estados Unidos

Em meio ao caos financeiro e à perspectiva de recessão global, o índice futuro da Bolsa de Valores do Japão, o Nikkei 225, sofreu uma vertiginosa queda nesta segunda-feira (7) até que foi anunciado um circuit breaker.

O índice caiu 7%, ampliando a queda de 9% da semana passada. Foi o percentual mais acentuado de declínio da bolsa japonesa desde março de 2020, quando os mercados globais sofreram com a pandemia de Covid-19.

O circuit breaker é um mecanismo usado pelas bolsas no Brasil e no mundo que visa suspender temporariamente as negociações no mercado para impedir quedas ainda maiores nos números. O recurso é usado apenas em situações-limite, quando há queda acentuada nos preços.

O Japão foi um dos países mais afetados pela nova política tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e será alvo de tarifas de 24% sobre suas exportações para o país norte-americano a partir do próximo dia 10.

No Brasil

Na Bolsa de Valores do Brasil, a B3, um circuit breaker é realizado em três fases diferentes. A primeira começa quando o Ibovespa, principal índice da B3, registra queda de 10% em relação ao fechamento do pregão anterior. Com isso, as compras e vendas de ações ficam suspensas por 30 minutos.

Com a retomada de atividades, se o índice apresentar desvalorização de 15% em relação ao fechamento anterior, há interrupção das negociações por uma hora. Por fim, se, com o retorno, o Ibovespa atingir uma queda de 20%, haverá uma nova paralisação, desta vez com tempo indeterminado a ser estabelecido pela própria bolsa de valores.

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Jornalista pela UFMG, Lucas Negrisoli é editor de política. Tem experiência em coberturas de política, economia, tecnologia e trends. Tem passagens como repórter pelo jornal O Tempo e como editor pelo portal BHAZ. Foi agraciado com o prêmio CDL/BH em 2024.