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Todos por Minas, urgentemente!

O projeto do senador Rodrigo Pacheco pode não ser o ideal, mas, com certeza, ou o Congresso o aprova ou Minas estará literalmente quebrada

Senador Rodrigo Pacheco

Essa afirmação não tem nada de novo; nós sabemos que o Estado não aguenta pagar uma dívida de 160 bilhões com juros de 4 por cento e mais correção monetária. E sabemos desde os anos 90 do século passado quando governos irresponsáveis quebraram nossos bancos públicos e ainda pediram dinheiro ao governo federal para viabilizar a entrega à iniciativa privada.

Agora, não adianta chorar o leite derramado.

O que o presidente do Congresso propõe - como bom mineiro - é evitar a falência de Minas Gerais. Mas, também, a futura falência do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Sul, de São Paulo, Goiás e outros estados brasileiros. Antes que venham dizer que não se pode entregar a conta de poucos para toda a Nação, é preciso destacar que não há perdão da dívida.

Apenas, estabelece-se critérios tornando possível pagá-la, com prazo compatível e juros não abusivos. Além disso, ações de educação, como o Trilhas do Futuro de Minas, servirão para compensar a redução dos juros, ou seja, não há privilégio e sim bom senso.

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Agora, o que se espera é que os senadores Viana e Cleitinho e nossos 53 deputados federais saiam da toca, esqueçam interesses pessoais e se unam com vigor e urgência para a aprovação do projeto. Sabe-se que somadas as bancadas dos Estados devedores, temos mais de 200 deputados, portanto, não haverá dificuldades para a obtenção do número necessário.

E nós, jornalistas, estejamos preparados para rechaçar discursos prontos de reprovação do acordo, lembrando que há décadas Minas não tem a devida reciprocidade na relação com Brasília. De cada 10 reais arrecadados aqui, não voltam mais que 4. A Lei Kandir, da era FHC, nos deu um baita prejuízo. Inúmeras outras ações têm evitado que o Estado tenha o mínimo de retorno, compatível com sua população e sua contribuição para o país.

Por fim, é bom saber que o governador Zema parou de atacar o governo federal e a reconhecer o esforço do senador Rodrigo Pacheco para resolver o maior imbróglio da nossa história. Vamos garantir a governabilidade agora para brigar pelo governo em 2026.


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Antes de trabalhar no rádio, Eduardo Costa foi ascensorista e office-boy de hotel, contínuo, escriturário, caixa-executivo e procurador de banco. Formado em Jornalismo pelo UNI-BH, é pós-graduado em Valores Humanos pela Fundação Getúlio Vargas, possui o MBA Executivo na Ohio University, e é mestre em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Agora ele também está na grande rede!

A opinião deste artigo é do articulista e não reflete, necessariamente, a posição da Itatiaia.