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Chumbo trocado não dói

Ao saber que Portugal está enviando carta a 5.386 brasileiros para que deixem imediatamente o país, lamento não reagirmos à altura

técnico Abel Ferreira

Diplomacia, de acordo com o dicionário, refere-se à arte de conduzir as relações entre países, com o objetivo de promover a paz e a cooperação, resolvendo conflitos e defendendo os interesses nacionais através da negociação e do diálogo. Na minha cabeça, o melhor significado é reciprocidade. Nas duas interpretações, é possível resumir tudo com modos populares de entendimento como “chumbo trocado não dói” ou a frase de para-choque de caminhão “na subida cê me aperta, na descida nós acerta”.

Ao saber que Portugal está enviando carta a 5.386 brasileiros para que deixem imediatamente o país, lamento não reagirmos à altura. Primeiro, entraria com uma ação nas cortes internacionais (será que já existe? Se não, por que não?) exigindo a imediata reparação do que nos surrupiaram durante o período colonial e é estimado em 515 trilhões de reais (trilhões com T mesmo). A indenização material, mais pedido de desculpas (ou perdão) pelos danos morais, especialmente aos nativos.

Em seguida, reuniria com o setor jurídico para descobrir meios legais de expatriar alguns portugueses que estão entre nós. Por exemplo: o técnico do Palmeiras, Abel Ferreira. Se quiserem um motivo “falta de berço”, isso mesmo, existe o ensino formal, o que aprendemos na escola, e a educação, que vem dos primeiros dias de vida, quando mamãe nos trata com todo carinho, mas, se necessário, diz não, põe limites, diz que a vida não é do jeito que a gente quer.

Esse insuportável, nascido do outro lado do oceano e, por isso mesmo, com mais oportunidades que a maioria do povo brasileiro, tem o privilégio de dirigir um time rico, que contrata e revela os melhores jogadores, tem vencido títulos e ganha 3 milhões e reais por mês. Uma fortuna em qualquer lugar do mundo. Mas, no lugar de mostrar gratidão a Deus e ao Brasil, se revela mal-humorado, mal-educado e grosso ao extremo em praticamente todas as suas aparições públicas.

O último show de horrores do Abel foi no último domingo, no Mineirão, quando deu uma trombada no cinegrafista André Amaral. Abel diz que a culpa é do profissional, que estava no seu caminho. Será que ninguém vai dizer a esse estúpido que aquele moço estava ali a serviço do Grupo Globo, que paga uma fortuna para transmitir as bizarrices do Abel e, com o espetáculo, paga o salário
dele?

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Antes de trabalhar no rádio, Eduardo Costa foi ascensorista e office-boy de hotel, contínuo, escriturário, caixa-executivo e procurador de banco. Formado em Jornalismo pelo UNI-BH, é pós-graduado em Valores Humanos pela Fundação Getúlio Vargas, possui o MBA Executivo na Ohio University, e é mestre em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Agora ele também está na grande rede!

A opinião deste artigo é do articulista e não reflete, necessariamente, a posição da Itatiaia.