Juliana Marins, brasileira que morreu na Indonésia, faleceu entre 12 e 24 horas antes do exame ser realizado. A informação foi repassada nesta sexta-feira (27) pelo legista Ida Bagus Alit.
De acordo com o especialista, a estimativa é baseada em sinais como rigidez cadavérica e livores, indicando que a morte ocorreu entre segunda e terça-feira. Juliana sofreu traumatismo causado por impacto violento, o que provocou lesões internas graves e hemorragia.
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“Encontramos arranhões e escoriações, além de fraturas no tórax, ombro, coluna e coxa. Essas fraturas ósseas causaram danos a órgãos internos e sangramento”, afirmou o perito. A análise indica que a morte pode ter ocorrido cerca de 20 minutos após os ferimentos.
Desabafo do pai
Nas redes sociais, o pai de Juliana, Manoel Marins, contou que segue na ilha de Lombok, na Indonésia, e que por conta dos trâmites, não sabe se vai conseguir voltar com o corpo da filha.
“Ainda estou aqui em Lombok e depois vou pra Bali acompanhar a necropsia da Ju e conseguir o atestado de óbito para que a gente possa voltar com ela pro Brasil. Não sei se conseguimos voltar com ela ou se o corpo ainda vai demorar um pouco. Bateu muita saudade ontem. Chorei muito.”
Juliana morreu após cair no Monte Rinjani, na Indonésia, onde há o segundo vulcão mais alto do país asiático. O acidente ocorreu no último sábado e duas horas após a queda, um drone de um turista captou Juliana ainda viva, a apenas 300 metros do topo onde deslizou.
No entanto, o corpo da jovem só foi resgatado quatro dias depois, por alpinistas voluntários e ela já estava mais longe de onde caiu na primeira vez, a mais de 600 metros de profundidade.
Entenda a cronologia do caso:
Sexta-feira, 20 de junho (horário de Brasília)
Juliana estava no segundo dia de trilha, com cinco pessoas e
Desde que soube do acidente, a família da jovem criou uma conta nas redes sociais onde fazia um apelo para que ela fosse encontrada. Um grupo de turistas encontrou os parentes dela nas redes sociais e começou a informá-los do que acontecia pelo WhatsApp.
Sábado, 21 de junho (horário de Brasília)
Socorristas chegaram ao local onde Juliana caiu por volta das 4h30 da manhã (14h30 do horário local). Eles tentaram oferecer água e comida, mas sem sucesso, e o resgate precisou ser pausado devido ao mau tempo e às condições ruins do terreno.
Domingo, 22 de junho (horário de Brasília)
Autoridades como a embaixada brasileira na Indonésia foram acionadas e o Governo Federal também monitorava o caso. As equipes chegaram a começar as buscas pela brasileira, mas logo
Segunda-feira, 23 de junho (horário de Brasília)
O
Mais tarde, as buscas foram retomadas e a equipe desceu 400 m, mas estavam a cerca de 650 m de distância da jovem. “Ela estava bem mais longe do que estimaram”, escreveu a família.
Terça-feira, 24 de junho (horário de Brasília)
As buscas por Juliana foram retomadas, com a
Por volta das 11h, a família fez um comunicado nas redes sociais informando a morte de Juliana.