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Juliana Marins morreu em minutos ao cair em vulcão na Indonésia, aponta autópsia

Segundo médicos, Juliana Marins sofreu traumatismo por força contundente

Juliana Marins foi encontrada morta nessa terça-feira (24), conforme familiares.

Juliana Marins, brasileira que morreu na Indonésia, faleceu cerca de 20 minutos após a queda, segundo o laudo da autópsia. As informações foram repassadas pelo legista Ida Bagus Alit nesta sexta-feira (27). Os exames também descartaram a hipótese de hipotermia como causa da morte.

Conforme a reportagem da BBC, o médico explicou que Juliana sofreu traumatismo provocado por um impacto violento, resultando em graves lesões internas e hemorragia significativa.

“Encontramos arranhões e escoriações, bem como fraturas no tórax, ombro, coluna e coxa. Essas fraturas ósseas causaram danos a órgãos internos e sangramento”, disse o especialista forense.

Juliana Marins está desaparecida na Indonésia

Apesar da estimativa de que a morte tenha ocorrido aproximadamente 20 minutos após os ferimentos, o legista disse que não é possível precisar o momento exato. Isso devido a diversos fatores, incluindo a transferência do corpo da Ilha de Lombok, onde fica o Monte Rinjani, para Bali.

“Por exemplo, havia um ferimento na cabeça, mas nenhum sinal de hérnia cerebral. A hérnia cerebral geralmente ocorre de várias horas a vários dias após o trauma. Da mesma forma, no tórax e no abdômen, houve sangramento significativo, mas nenhum órgão apresentou sinais de retração que indicassem sangramento lento. Isso sugere que a morte ocorreu logo após os ferimentos”, explicou.

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Entenda a cronologia do caso:

Sexta-feira, 20 de junho (horário de Brasília)

Juliana estava no segundo dia de trilha, com cinco pessoas e um guia, no ponto mais alto do Monte Rinjani, que tem mais de 3 mil metros de altura. Era sábado (horário local) no horário local e a jovem caiu cerca de 300 m abaixo da trilha. A jovem foi reconhecida pela irmã por meio de imagens de drones de turistas que a localizaram. Ela estava com uma calça jeans, camiseta, luvas e tênis, porém não tinha um casaco e seus óculos (ela tem cinco graus de miopia).

Desde que soube do acidente, a família da jovem criou uma conta nas redes sociais onde fazia um apelo para que ela fosse encontrada. Um grupo de turistas encontrou os parentes dela nas redes sociais e começou a informá-los do que acontecia pelo WhatsApp.

Sábado, 21 de junho (horário de Brasília)

Socorristas chegaram ao local onde Juliana caiu por volta das 4h30 da manhã (14h30 do horário local). Eles tentaram oferecer água e comida, mas sem sucesso, e o resgate precisou ser pausado devido ao mau tempo e às condições ruins do terreno.

Domingo, 22 de junho (horário de Brasília)

Autoridades como a embaixada brasileira na Indonésia foram acionadas e o Governo Federal também monitorava o caso. As equipes chegaram a começar as buscas pela brasileira, mas logo pararam devido às condições climáticas do local. Havia muita neblina, o que impossibilitava o resgate.

Segunda-feira, 23 de junho (horário de Brasília)

O resgate foi retomado na segunda, com auxílio de drones térmicos. Segundo informações da organização do parque, ela foi vista por drones, a 500 m de profundidade, aparentemente sem sinais de movimento.

Mais tarde, as buscas foram retomadas e a equipe desceu 400 m, mas estavam a cerca de 650 m de distância da jovem. “Ela estava bem mais longe do que estimaram”, escreveu a família. Helicópteros estavam sobreaviso, mas não foram utilizados devido ao mau tempo.

Terça-feira, 24 de junho (horário de Brasília)

As buscas por Juliana foram retomadas, com a participação de alpinistas e uma equipe de quase cinquenta pessoas. A escuridão dificultou o acesso à jovem e foi preciso ser montado um acampamento, segundo a administração do parque. O local também foi fechado para evitar curiosos e focar totalmente no resgate de Juliana.

Por volta das 11h, a família fez um comunicado nas redes sociais informando a morte de Juliana. Socorristas chegaram ao local onde ela estava e a encontraram morta. O Itamaraty lamentou a morte da jovem. “O governo brasileiro transmite suas condolências aos familiares e amigos da turista brasileira pela imensa perda nesse trágico acidente”, publicou.

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