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Família de Juliana Marins faz alerta na internet: “Não temos vaquinha. É fake!”

Corpo da brasileira foi encontrado na terça-feira (24), quatro dias após a queda no Monte Rinjani, na Indonésia

Jovem de Niterói morreu após cair em trilha de vulcão na Indonésia

A família da brasileira Juliana Marins, que morreu após cair em trilha de vulcão na Indonésia fez um alerta nas redes sociais. As “vakinhas” que circulam pedindo dinheiro para o translado do corpo da jovem são falsas.

“Não temos vakinha aberta! Não doem! É fake!”, alertou a família na conta do Instagram feita para ajudar no resgate de Juliana, que ficou desaparecida por quatro dias no Monte Rinjani.

A publicitária de Niterói, Juliana Marins, de 26 anos, foi encontrada sem vida na manhã de terça-feira (24) em uma área remota do vulcão Rinjani, a 650m de profundidade. Ela escorregou e caiu na sexta-feira (20).

O presidente Lula irá custear o translado do corpo da publicitária Juliana Marins. O pai de Juliana, Manoel Marins está na Indonésia e acompanha o processo até a liberação do corpo. No entanto, a família ainda não sabe quando o corpo será levado ao Brasil.

Antes do governo federal se manifestar, o ex-jogador Alexandre Pato e o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT) já haviam se voluntariaram a custear o transporte do corpo ao Brasil. A prefeitura também decretou luto oficial de três dias.

Causa da morte

Segundo a autópsia divulgada pelo legista Ida Bagus Alit nesta sexta-feira (27), Juliana Marins morreu cerca de 20 minutos após a queda e entre 12 e 24 horas antes do exame ser realizado. O corpo de Juliana foi resgatado na última quarta-feira (25).

Apesar da estimativa, o médico relatou ser difícil determinar a hora exata da morte devido a vários fatores, incluindo a transferência do corpo da Ilha de Lombok, onde se localiza o Monte Rinjani, para Bali, onde o exame foi feito.

Uma hipótese é que Juliana teria morrido na segunda queda, quando foi encontrada a 650m. O corpo de Juliana foi resgatado na última quarta-feira (25).

Cronologia

No sábado (21), as informações apontavam que a jovem caiu cerca de 300 m abaixo da trilha, quando foi reconhecida pela irmã por meio de imagens de drones de turistas que a localizaram.

Já na segunda-feira (23), três dias após a queda, segundo informações da organização do parque, ela foi vista por drones, a 500 m de profundidade, aparentemente sem sinais de movimento.

Mais tarde, as buscas foram retomadas e a equipe desceu 400 m, mas estavam a cerca de 650 m de distância da jovem. “Ela estava bem mais longe do que estimaram”, escreveu a família. Helicópteros estavam sobreaviso, mas não foram utilizados devido ao mau tempo.

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As buscas por Juliana foram retomadas na terça-feira (24), com a participação de alpinistas e uma equipe de quase cinquenta pessoas. A escuridão dificultou o acesso à jovem e foi preciso ser montado um acampamento, segundo a administração do parque. O local também foi fechado para evitar curiosos e focar totalmente no resgate de Juliana.

Por volta das 11h, a família fez um comunicado nas redes sociais informando a morte de Juliana. Socorristas chegaram ao local onde ela estava e a encontraram morta. O Itamaraty lamentou a morte da jovem

No entanto, o corpo só foi resgatado na quarta-feira (25).

Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), Giullia Gurgel é repórter multimídia da Itatiaia. Atualmente escreve para as editorias de cidades, agro e saúde