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Morte de Juliana Marins: Prefeitura de Niterói vai custear translado do corpo

Em homenagem à Juliana, que era natural da cidade de Niterói, a prefeitura também decretou luto oficial de três dias na cidade

Juliana Marins, brasileira de Niterói

O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT), disse, em suas redes sociais, que irá custear o translado do corpo da publicitária Juliana Marins, 26, que morreu após cair e deslizar montanha abaixo durante trilha no vulcão Rinjan, na Indonésia.

“Conversei com Mariana, irmã de Juliana Marins, e assumimos o compromisso da Prefeitura de Niterói com o translado de Juliana da Indonésia para nossa cidade, onde será velada e sepultada. Que Deus conforte o coração da família linda de Juliana e todos seus amigos e amigas”,

Em homenagem à Juliana, que era natural da cidade de Niterói, a prefeitura também decretou luto oficial de três dias na cidade. O transporte do corpo da brasileira era uma preocupação da família da publicitária, já que legislação brasileira não prevê que o governo arque com as despesas de cidadãos que morrem no exterior.

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Alexandre Pato também ofereceu ajuda

O ex-jogador de futebol, Alexandre Pato, de 35 anos, também se dispôs a arcar com os custos do traslado do corpo da publicitária. A informação foi inicialmente divulgada pela página Alfinetei, no Instagram.

Em entrevista ao Portal Léo Dias, o ex-jogador explicou o motivo pelo qual tem esse desejo: “Que ela possa descansar perto da família dela”. Alexandre Pato ainda não se manifestou publicamente sobre o translado de Juliana Marins, que deve ocorrer nos próximos dias.

Mariana Marins também não comentou sobre as ajudas oferecidas pelo prefeito de Niterói e pelo ex-jogador. A última postagem feita na página “Resgate Juliana Marins”, criada pela família da jovem após o acidente, foi um alerta para que ninguém faça doações de dinheiro através de vaquinha online em nome da Juliana. A família reforçou que não abriu nenhuma vaquinha e compartilhou uma imagem de um vaquinha fake, que já teria arrecado mais de R$ 11 mil.

Carta aberta

Mariana também postou uma foto ao lado da irmã com uma carta aberta.

“A gente sempre dizia que moveria montanhas uma pela outra, e daqui do Brasil, tentei mover uma lá na Indonésia por você. Desculpa não ter sido suficiente”, diz um trecho da carta.

Em outra postagem, Mariana também agradeceu os voluntários Agam e Tyo, alpinistas que resgataram o corpo da brasileira que já estava a 600 metros de profundidade de onde caiu.

“Em nome da família de Juliana Marins, queremos expressar nossa mais sincera e profunda gratidão por toda a generosidade, coragem e apoio que demonstraram ao se juntarem à equipe de resgate no Monte Rinjani. Sabemos das condições extremamente adversas e dos grandes riscos que vocês enfrentaram. Foi graças à dedicação e à experiência de vocês que a equipe pôde finalmente chegar até Juliana e nos permitir, ao menos, esse momento de despedida. Embora o desfecho já estivesse além do nosso alcance, levamos no coração a sensação de que, se vocês tivessem conseguido chegar antes, talvez o destino pudesse ter sido outro.

O gesto de vocês jamais será esquecido.

Recebam todo o nosso respeito, admiração e eterna gratidão.”

A família de Juliana também vem criticando as autoridades da Indonésia por conta da demora no resgate. Eles acreditam que Juliana poderia ter sido resgatará com vida se o processo não tivesse sido demorado.

“Juliana sofreu uma grande negligência por parte da equipe de resgate. Se a equipe tivesse chegado até ela dentro do prazo estimado de 7h, Juliana ainda estaria viva.

Juliana merecia muito mais! Agora nós vamos atrás de justiça por ela, porque é o que ela merece! Não desistam de Juliana!”

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Diana Rogers tem 34 anos e é repórter correspondente no Rio de Janeiro. Trabalha como repórter em rádio desde os 21 anos e passou por cinco emissoras no Rio: Globo, CBN, Tupi, Manchete e Mec. Cobriu grandes eventos como sete Carnavais na Sapucaí, bastidores da Copa de 2014 e das Olimpíadas em 2016.