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O que significa quando alguém prefere se calar para evitar conflitos, segundo a psicologia

Evitar discussões a todo custo pode parecer uma atitude pacífica, mas especialistas alertam que o silêncio constante pode esconder insegurança, medo e ansiedade

Conflitos fazem parte da vida e, segundo especialistas em saúde mental, evitá-los a qualquer custo não é uma solução saudável. Embora enfrentar conversas difíceis seja desconfortável, é essencial para o fortalecimento de vínculos e para o equilíbrio emocional. Ainda assim, muitas pessoas optam por se calar constantemente para evitar qualquer atrito.

Conforme destaca o site do jornal espanhol El Economista, a psicologia explica que esse comportamento costuma estar relacionado a altos níveis de ansiedade. "É um gesto que, à primeira vista, pode parecer insignificante e inofensivo, mas que esconde um alto nível de ansiedade que poderia prejudicar seu bem-estar emocional”.

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Segundo os profissionais, pessoas que evitam conflitos costumam valorizar profundamente a paz, a harmonia e a estabilidade. Esse perfil também pode ser reflexo de experiências passadas - como ter crescido em ambientes conturbados - ou do medo de perder o controle, decepcionar os outros ou ser julgado. Há ainda quem busque constantemente a aprovação alheia. Em geral, essas pessoas acabam reprimindo opiniões e abrindo mão de suas necessidades.

Para romper com esse padrão, é fundamental identificar os pensamentos que alimentam o medo de se expressar. A comunicação clara é vista como uma das chaves para relações saudáveis. “A comunicação deve ser o vértice de qualquer relação e poder se expressar livremente ajuda a que a outra pessoa se sinta em um ambiente confortável e seguro”.

É importante entender que o conflito, embora desagradável, é natural e inevitável. Técnicas como respiração consciente e meditação podem ajudar a lidar melhor com essas situações. Por fim, aceitar que discussões fazem parte da vida é essencial: “Aceitar que as discussões podem formar parte da vida do ser humano é chave para entender que é algo natural e que, por isso, deve ser enfrentado como qualquer outra situação”.

Jornalista graduado com ênfase em multimídia pelo Centro Universitário Una. Com mais de 10 anos de experiência em jornalismo digital, é repórter do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Antes, foi responsável pelo site da Revista Encontro, e redator nas agências de comunicação FBK e Viver.