Muitas
"É melhor um ‘falso alarme’ do que ignorar um sinal de infarto”, dizem os especialistas. Por isso, é fundamental conhecer esses sintomas que exigem interrupção imediata da atividade física:
1) Desconforto ou dor no peito: pode se manifestar como pressão, aperto, queimação ou peso. Pode irradiar para braços, costas, pescoço ou mandíbula.
2) Falta de ar desproporcional ao esforço: especialmente preocupante se surgir logo no início da atividade ou vier acompanhada de dor no peito.
3) Tontura ou sensação de desmaio: sintoma grave que pode indicar queda de pressão, hipoglicemia ou arritmia. Sente-se, eleve as pernas e peça ajuda.
4) Palpitações ou batimentos irregulares: podem sinalizar arritmias como a fibrilação atrial, que aumentam o risco de AVC.
5) Dor em locais incomuns: dores no estômago, ombros, mandíbula ou costas podem ser sinais atípicos de infarto - mais comuns em mulheres.
6) Sudorese fria e náuseas: quando acompanhadas de mal-estar intenso, podem indicar isquemia cardíaca iminente.
7) Fadiga extrema: sensação de exaustão fora do comum, mesmo em esforços leves, é sintoma precoce de infarto -especialmente entre mulheres.
Modalidades com maior risco
Embora qualquer exercício possa desencadear eventos em pessoas predispostas, algumas práticas merecem atenção redobrada:
Futebol: esforço intermitente e competitivo
Corrida: riscos aumentam após longos períodos sem atividade
Basquete: movimentos explosivos e ritmo acelerado
Musculação intensa: risco de picos de pressão com cargas elevadas
Vale destacar que o problema não está nas modalidades em si, mas na falta de preparo físico, avaliação médica prévia e orientação profissional.
Como se proteger
Antes de iniciar uma rotina de exercícios - especialmente após os 40 anos - é essencial fazer um check-up completo, incluindo exames como eletrocardiograma, ecocardiograma e teste ergométrico. Quem tem fatores de risco (como hipertensão, diabetes ou obesidade) pode precisar de exames adicionais.
Outras recomendações importantes:
- Inicie gradualmente, aumentando esforço com o tempo
- Hidrate-se bem e respeite seus limites
- Não treine doente ou com febre
- Use roupas e calçados adequados
- Conte com acompanhamento de um educador físico
Exercício é aliado do coração, se bem orientado
“O exercício físico não é vilão da saúde cardiovascular”, reforçam os especialistas. Quando praticado com responsabilidade, ele reduz em até 35% o risco de morte por doenças do coração.
A chave está em manter o equilíbrio: conhecer os sinais do corpo, respeitar os limites e buscar sempre orientação adequada, como resume a orientação final dos cardiologistas.