Ao contrário de que algumas pessoas pensam, infarto do miocárdio (ou ataque cardíaco) e parada cardíaca não são sinônimos. O médico Fabrício Manoel Rezende Dias, especialista em clínica médica e terapia intensiva do grupo Oncoclínicas explica as diferenças.
“O infarto do miocárdio ocorre quando o fluxo sanguíneo para uma parte do coração é bloqueado, geralmente por um coágulo. Isso impede que o oxigênio chegue ao músculo cardíaco, o que pode causar danos ao tecido do coração”, explica o médico, que também é coordenador da equipe de medicina interna e pronto-atendimento do Hospital Vila da Serra.
No caso de parada cardíaca, Fabrício explica que é uma condição na qual o coração para de bater de forma eficaz. “E, consequentemente, deixa de bombear sangue para o corpo. Isso pode ser causado por diversas condições, incluindo um infarto. A parada cardíaca é uma emergência médica extrema que requer atendimento imediato para tentar restabelecer a circulação e salvar a vida do paciente”, ressalta.
Atendimento
O médico ressalta ainda que o atendimento rápido, tanto em caso de infarto ou de parada cardíaca, é determinando para salvar vidas.
“No caso do infarto, tratamento imediato pode limitar os danos ao coração e aumentar as chances de recuperação. No caso da parada cardíaca, cada minuto conta. A chance de sobrevivência diminui drasticamente a cada minuto sem intervenção. Por isso, é essencial iniciar a ressuscitação cardiopulmonar (RCP) e usar um desfibrilador externo automático (DEA) o mais rápido possível”, explicou.
O médico ressalta também a importância de identificar sinais.
Sinais de infarto do miocárdio:
- Dor ou desconforto no peito, geralmente descrito como uma sensação de aperto ou pressão
- Dor que pode irradiar para os braços, costas, pescoço, mandíbula ou estômago
- Falta de ar
- Náuseas, vômitos ou tontura
- Suor frio e palidez
Sinais de parada cardíaca:
- Perda súbita de consciência
- Ausência de pulso
- Falta de respiração ou respiração anormal (ofegante)
- Colapso repentino