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Ansiedade: especialista alerta para sintomas, diagnóstico e tratamento

Após o diagnóstico, uma terapia de regulação comportamental é importante para trabalhar com o paciente como ele deve lidar com o transtorno

Paciente com ansiedade pode recorrer a médicos e não conseguir diagnóstico correto

O Brasil está entre os países que mais sofrem com ansiedade, no mundo. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o país chegou a liderar o ranking de nações com mais ansiosos, em 2023. Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Cactus e Atlas Intel, 56% dos brasileiros afirmaram nunca ter procurado um profissional da saúde para tratar a ansiedade.

A neurocientista, psicóloga e psicanalista Ângela Matilde, destaca que o processo de ansiedade tem que ser diagnosticado de forma clínica e apresentar sintomas por seis meses ou mais. Se este quadro se confirmar, podemos afirmar que é mesmo ansiedade.

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“Mediante a prevalência dos sintomas, deve-se procurar um profissional habilitado para saber do tratamento. Um psicólogo ou um psicanalista que trabalhe com essa questão ou um psiquiatra mediante ao agravamento da situação”, afirma a profissional.

“Vamos falar de alguns sintomas, ah, ‘Não estou conseguindo dormir. A minha rotina, eu não estou conseguindo concluir. Estou com irritabilidade e com dores’. Aí vai ao médico e não consegue achar nenhum diagnóstico. E aí a pessoa fica frustrada”, detalha os sintomas.

Tratamento

Após o diagnóstico, uma terapia de regulação comportamental é importante para trabalhar com o paciente como ele deve lidar com a ansiedade. Pode ser indicada medicação diante dos sintomas apresentados. É preciso alertar que a medicação não vai ser usada para sempre. Existe um período estipulado para o tratamento com remédios.

“Tem pessoas que têm uma receita e depois só replica as receitas. Temos que tomar cuidado com isso, gente. Porque a química tem um tempo de duração também. O cérebro se acostuma, o corpo se acostuma”, explica a especialista.

“Então, sugere-se que a medicação vá de seis a um ano e dois meses. No máximo, um ano e seis meses. Se você precisar fazer uma retomada, você tem que ter um profissional que mude. Você precisa de um profissional caminhando com você durante todo o tratamento”, conclui Ângela Matilde, neurocientista, psicóloga e psicanalista.


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Jornalista formada pelo Uni-BH, em 2010. Começou no Departamento de Esportes. No Jornalismo passou pela produção, reportagem e hoje faz a coordenação de jornalismo da rádio Itatiaia.