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Diabetes: conheça principais sintomas e como tratar a doença

Veja detalhes da doença no Dia Nacional do Diabetes

Mulher diabética verificando seu nível de glicose

Hoje (26) é lembrado o Dia Nacional do Diabetes. De acordo com dados da pesquisa Vigitel Brasil 2023, Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, o diabetes atinge 10,2% da população brasileira.

O índice representa aumento com relação a 2021, quando era 9,1%. A última pesquisa Vigitel mostra também que o diagnóstico é mais frequente entre as mulheres (11,1%), do que entre os homens (9,1%).

De acordo com o médico especialista em emagrecimento, Bruno Sanders, o diabetes é uma doença caracterizada pelo excesso de açúcar no sangue. Existem dois tipos da doença, diabetes tipo 1 e tipo 2.

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O médico explica que o diabetes tipo 1ocorre quando o pâncreas deixa de produzir a quantidade adequada de insulina. Dessa forma, a quantidade de açúcar no sangue ficará sempre alta. Por isso, é necessário fazer uso de insulina injetável. É mais comum que o diabetes tipo 1 seja descoberto na infância.

Já o diabetes tipo 2 tem relação com os hábitos do paciente. “Por exemplo, ganho de peso, consumo excessivo de carboidratos, de açúcares, que é um tipo de carboidrato. Então, o diabetes tipo 2 está relacionado à resistência à insulina. O que isso quer dizer? A quantidade de insulina produzida pelo pâncreas não é suficiente para suprir o que o paciente precisa porque existe um excesso de peso ou um excesso na ingestão de carboidratos”, detalha.

O especialista ressalta que, nem sempre, para conter o diabetes tipo 2, é necessário fazer o uso de insulina. Porém, existem medicamentos para fazer o controle e a reeducação alimentar é fundamental para controlar a glicemia.

Sintomas

Um dos sintomas mais comuns do diabetes é urinar em excesso. “O paciente diabético tende a ter um excesso de urina, então urina várias vezes uma quantidade grande, com a presença de formigas no banheiro ao redor do vaso, esse é um relato comum do paciente diabético”, explica.

Ainda podem existir doenças oculares relacionadas, como, por exemplo, alterações visuais, o paciente fica com a vista borrada ou dificuldade mesmo para enxergar. Tonteira e dor de cabeça logo após consumir alimentos ricos em carboidratos também são comuns.

“Um dos sintomas mais graves é a dificuldade na cicatrização, principalmente nas mãos e nos pés que, inclusive no paciente diabético, onde a glicemia está descontrolada, é um risco muito grande quando o paciente sofre qualquer lesão ou machucado, porque a cicatrização fica bastante prejudicada e nos casos mais graves é necessário inclusive fazer a amputação dos membros”, alerta Bruno Sander, médico especialista em emagrecimento.

Importância da saúde bucal

De acordo com Nélia Barreto Fernandes, cirurgiã dentista especialista em periodontia e saúde integrativa, a saúde bucal é também parte integrante desse tratamento e deve ser lembrada nessa data que marca a Campanha de Prevenção ao Diabetes. “A boca é uma extensão do corpo humano e o nosso primeiro órgão de contato com o mundo e merece total atenção no processo de reestabelecimento da saúde geral do indivíduo. Sinais e sintomas como: halitose, perda óssea, apertamento de dentes, ronco, apneia, dificuldades de cicatrização, lesões de cárie aumentadas e boca seca devem ser consideradas para o diagnóstico do diabetes”, detalha.

A especialista em saúde integrativa ainda destaca que doenças que ocorrem na boca têm impacto no restante do corpo e vice-versa. “Exames de imagem utilizados para diagnóstico odontológico podem detectar alterações sugestivas de osteopenia, osteoporose, placas de ateroma nas carótidas que representam modificações do metabolismo de cálcio do corpo e até mesmo do funcionamento da tireoide do paciente”.

“A partir dessas observações nos exames de imagem, solicitamos os exames complementares necessários e alinhamos aos sintomas físicos para fecharmos o diagnóstico. A interpretação desses achados pelo cirurgião dentista previne desfechos graves como Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC) que trazem consequências irreversíveis para o paciente”, detalha Nélia Barreto Fernandes, cirurgiã dentista especialista em Periodontia e Saúde Integrativa.


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Jornalista formada pelo Uni-BH, em 2010. Começou no Departamento de Esportes. No Jornalismo passou pela produção, reportagem e hoje faz a coordenação de jornalismo da rádio Itatiaia.