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Qual é a idade do seu coração? Ele pode estar envelhecendo mais rápido do que seu corpo

Pesquisadores desenvolvem ferramenta que avalia ‘idade’ do coração. Estudo aponta caminhos para a prevenção de doenças cardiovasculares

Imagem ilustrativa

Pesquisadores da Universidade Northwestern, em Chicago (EUA), desenvolveram uma nova calculadora de ‘idade cardíaca’ que pode indicar se o coração de uma pessoa está envelhecendo mais rápido do que o corpo. A ferramenta, baseada nas equações ‘PREVENT’ da Associação Americana do Coração, foi apresentada em um estudo publicado na revista JAMA Cardiology.

A proposta é simples: transformar porcentagens de risco cardiovascular em uma linguagem mais compreensível - a idade. “Esperamos que esta nova calculadora de idade do coração ajude a respaldar as discussões sobre a prevenção e, em última instância, melhore a saúde de todas as pessoas”, afirmou a autora principal do estudo, a doutora Sadiya Khan.

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Para testar a ferramenta, os pesquisadores analisaram dados de cerca de 14 mil adultos americanos, entre 30 e 79 anos, sem histórico de doenças cardíacas. Os resultados foram reveladores: em média, a idade do coração era superior à idade real dos participantes - especialmente entre os homens.

Entre os homens, a idade cardíaca média foi de 56,7 anos, enquanto a cronológica era de 49,7. Já entre as mulheres, essa diferença foi menor: 55,4 contra 51,3 anos. A desigualdade também apareceu em fatores raciais e educacionais.

“Os homens negros tinham um coração 8,5 anos mais velho do que sua idade real, em comparação com 7,9 anos para os homens hispânicos, 6,7 para os asiáticos e 6,4 para os brancos”, destacou a universidade em comunicado. Entre as mulheres, as diferenças foram de 6,2 anos para negras, 4,8 para hispânicas, 3,7 para brancas e 2,8 para asiáticas.

A pesquisadora destaca a importância da prevenção, especialmente em pessoas mais jovens. “O importante é que temos boas opções disponíveis para ajudar a retardar esse envelhecimento, se pudermos identificá-lo”, disse Khan.

Ela completa: “Esperamos que esta ferramenta ajude médicos e pacientes a falar sobre o risco de doença cardíaca de forma mais efetiva, para que possamos informar melhor quais terapias podem prevenir ataques cardíacos, derrames ou insuficiência cardíaca”.

Jornalista graduado com ênfase em multimídia pelo Centro Universitário Una. Com mais de 10 anos de experiência em jornalismo digital, é repórter do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Antes, foi responsável pelo site da Revista Encontro, e redator nas agências de comunicação FBK e Viver.