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Segundo o cirurgião visceral e digestivo Alexandre Mensier, conhecido nas redes sociais pelo perfil @thefrench_chirurgien, “o câncer de pâncreas é um dos mais fulminantes da cirurgia digestiva. Ele é agressivo, ainda não temos como detectá-lo precocemente e seu prognóstico é sombrio”.
Conforme destaca o centro oncológico Gustave Roussy, o câncer de pâncreas geralmente é diagnosticado em estágio avançado e inoperável, o que torna o tratamento eficaz inviável em 90% dos casos. Por isso, reconhecer os primeiros sinais pode fazer toda a diferença.
Em uma publicação no Instagram, Mensier ressalta que “um dos primeiros sinais que merece atenção” é o aparecimento da icterícia, condição que deixa a pele e os olhos amarelados.
“Basicamente, você vai ficar todo amarelo, tanto na pele quanto nos olhos e na esclera [parte branca do olho]”, explica o médico. Outros sintomas incluem urina muito escura e fezes esbranquiçadas. Esse quadro é chamado de ‘síndrome ictérica’.
O motivo, segundo o especialista, é que “o câncer frequentemente se desenvolve na cabeça do pâncreas, comprimindo a via biliar principal”. Com isso, a bile não alcança o intestino, causando a descoloração das fezes. Em vez disso, ela volta para o fígado, infiltra-se na corrente sanguínea e é eliminada pelos rins, tornando a urina mais escura.
O diagnóstico pode ser confirmado por exames de imagem como tomografia ou ecoendoscopia. Quanto mais cedo identificado, maiores as chances de tratamento.