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Câncer de mama em homens: um perigo silencioso e pouco conhecido

Apesar de representar menos de 1% dos casos, o câncer de mama masculino costuma ser diagnosticado tardiamente por falta de informação

O câncer de mama não é uma doença exclusiva das mulheres. Embora raro, ele também pode atingir os homens, e os dados mostram que representa menos de 1% dos diagnósticos totais. Devido ao desconhecimento, a maioria dos casos é identificada em estágios avançados, o que reduz as chances de cura e limita as opções de tratamento.

Especialistas ouvidos por portais de saúde destacam que ainda há pouca divulgação sobre o tema e que quase não existem campanhas voltadas ao público masculino. Muitos pacientes, ao receber o diagnóstico, relatam surpresa e até isolamento, já que dificilmente encontram informações ou redes de apoio específicas.

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Assim como as mulheres, os homens também possuem tecido mamário, onde podem surgir tumores. O tipo mais comum é o carcinoma ductal, que se forma nos canais próximos ao mamilo. A doença costuma aparecer entre os 60 e 70 anos, especialmente em quem tem histórico familiar de câncer de mama ou mutações genéticas, como BRCA2 e BRCA1.

Entre os principais fatores de risco estão a idade avançada, obesidade, uso de hormônios, doenças hepáticas e exposição prévia à radioterapia no tórax. Segundo oncologistas, qualquer nódulo duro e indolor próximo à aréola, alterações na pele, retração do mamilo ou secreção sanguinolenta exigem atenção imediata e avaliação médica.

O tratamento é semelhante ao indicado para mulheres, incluindo cirurgia, quimioterapia, radioterapia e terapia hormonal. A detecção precoce é essencial: quando identificada no início, a taxa de sucesso é comparável à das pacientes do sexo feminino. Por isso, médicos reforçam a importância de conhecer o próprio corpo e procurar ajuda diante de qualquer sinal suspeito.

Jornalista graduado com ênfase em multimídia pelo Centro Universitário Una. Com mais de 10 anos de experiência em jornalismo digital, é repórter do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Antes, foi responsável pelo site da Revista Encontro, e redator nas agências de comunicação FBK e Viver.