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Parvovirose felina: sintomas, diagnóstico e tratamento

Vacinação é a chave para garantir a saúde e o bem-estar do gato, além de prevenir a propagação do vírus para outros felinos

A parvovirose felina, também conhecida como panleucopenia, é uma doença viral altamente contagiosa que afeta principalmente gatos jovens e imunossuprimidos. Causada pelo parvovírus felino, a doença pode ser fatal se não tratada adequadamente.

O vírus é transmitido principalmente por fezes contaminadas, mas também pode ser espalhado por saliva, urina e até mesmo pelo contato com objetos infectados, como brinquedos e utensílios de alimentação.

A doença não deve ser apenas uma preocupação para os donos de filhotes; gatos adultos também podem ser afetados, especialmente se não tiverem sido vacinados adequadamente. Portanto, mesmo os gatos mais velhos precisam de reforços anuais da vacina para garantir proteção contínua.

Sintomas, diagnóstico e tratamento da parvovirose felina

Os sintomas da parvovirose felina incluem febre, vômito, diarreia sanguinolenta, desidratação, perda de apetite e fraqueza geral.

O quadro clínico pode se agravar rapidamente, com a queda de leucócitos (células de defesa do corpo), sendo essa uma das características principais da doença.

A desidratação causada pela diarreia e vômitos é uma das complicações mais sérias, e pode levar à morte do animal se não for tratada imediatamente.

O diagnóstico é feito por meio de exame clínico, onde o veterinário observa os sintomas e pode realizar exames laboratoriais para detectar o vírus.

O tratamento, embora não tenha cura específica para eliminar o vírus, visa aliviar os sintomas e garantir a recuperação do gato, principalmente por meio de terapias para controlar a desidratação e infecções secundárias, como antibióticos.

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Como prevenir seu gato da parvovirose felina

A prevenção da parvovirose felina é fundamental e pode ser feita por meio da vacinação. A vacina contra a panleucopenia é administrada em várias etapas, com a primeira dose recomendada quando o filhote tem entre seis e oito semanas de idade.

Uma segunda dose é administrada com 12 semanas e reforços anuais são previstos para manter a proteção ao longo da vida do animal. A vacinação é amplamente eficaz e proporciona uma forte defesa contra o vírus.

Além da vacinação, é importante tomar medidas preventivas em casa e no ambiente em que o gato circula. Isso inclui a desinfecção regular de objetos e superfícies que o animal utiliza, especialmente se ele tiver acesso a áreas externas onde possa entrar em contato com fezes de outros gatos infectados.

Gatos que saem para a rua estão mais expostos ao risco de contrair a doença, e por isso a vacinação é ainda mais essencial para esses animais.

Em ambientes com vários gatos, como abrigos ou clínicas veterinárias, a transmissão do parvovírus pode ser rápida e devastadora. Nesses locais, a vacinação e o controle sanitário são especialmente rigorosos.

Em caso de suspeita de parvovirose, é preciso procurar ajuda veterinária o mais rápido possível. O tratamento precoce pode melhorar as chances de recuperação e salvar a vida do animal.

Jessica de Almeida é repórter multimídia e colabora com reportagens para a Itatiaia. Tem experiência em reportagem, checagem de fatos, produção audiovisual e trabalhos publicados em veículos como o jornal O Globo e as rádios alemãs Deutschlandfunk Kultur e SWR. Foi bolsista do International Center for Journalists.
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