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O melhor horário para tomar vitaminas: Ciência aponta diferenças entre manhã e noite

Estudos mostram que absorção e eficácia dos suplementos variam conforme o tipo de nutriente e a rotina alimentar

Especialistas ressaltam que o timing pode fazer toda a diferença na absorção dos nutrientes pelo organismo

A suplementação por meio de vitaminas se popularizou no Brasil, mas muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre o horário ideal para consumo. Especialistas ressaltam que o ‘timing’ pode fazer toda a diferença na absorção dos nutrientes pelo organismo, influenciando tanto a eficácia quanto a prevenção de efeitos indesejados.

A absorção depende da solubilidade. Vitaminas hidrossolúveis, como as do complexo B e a vitamina C, são rapidamente processadas e não ficam armazenadas por longos períodos. Já as lipossolúveis – A, D, E e K – necessitam de gordura para serem aproveitadas, devendo ser ingeridas junto às refeições.

Pesquisas recentes indicam que a vitamina B2 apresenta melhor aproveitamento quando consumida pela manhã, enquanto B6, C, E e folato têm absorção mais eficiente à noite. O ritmo circadiano e a digestão desempenham papel fundamental nesse processo.

Manhã

As vitaminas do complexo B e a vitamina C são recomendadas no início do dia, por estimularem energia e disposição. O ferro também tem maior absorção pela manhã, principalmente se associado à vitamina C, mas deve ser consumido longe de café e chá.

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Noite

Vitaminas lipossolúveis como A, D, E e K apresentam melhor absorção no período noturno, quando o jantar costuma incluir gorduras. O magnésio é destaque nesse horário, por auxiliar no relaxamento muscular e na qualidade do sono. Multivitamínicos e vitaminas pré-natais também são mais bem tolerados à noite, por causarem menos desconforto digestivo.

Com alimentos

Alguns suplementos, como o cálcio, devem ser ingeridos com refeições para otimizar absorção. Já o ferro precisa ser associado à vitamina C, enquanto o magnésio deve ser consumido junto a alimentos para reduzir irritações no estômago.

Cuidados

Profissionais alertam para interações entre suplementos e medicamentos. O ferro, por exemplo, pode interferir na absorção de medicamentos para tireoide, exigindo intervalo de horas entre as doses. O magnésio também pode afetar a eficácia de antibióticos.

Mitos e verdades

Entre as crenças mais comuns está a ideia de que mais é sempre melhor. No entanto, vitaminas lipossolúveis em excesso podem causar toxicidade. Outro equívoco é pensar que suplementos substituem a alimentação balanceada. A consistência na suplementação geralmente supera a precisão do horário, reforçam especialistas, destacando a importância de orientação médica antes de iniciar qualquer uso.

Jornalista graduado com ênfase em multimídia pelo Centro Universitário Una. Com mais de 10 anos de experiência em jornalismo digital, é repórter do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Antes, foi responsável pelo site da Revista Encontro, e redator nas agências de comunicação FBK e Viver.