O café foi um dos produtos brasileiros que mais encareceu nos últimos tempos. O café moído, o mais consumido no país, registrou alta de 77,78% entre março de 2024 e março de 2025, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), um dos principais indicadores de inflação do país. Somente entre fevereiro e março deste ano, o aumento foi de 10,05%.
Mas será que a alta do café reduziu o seu consumo nos lares mineiros? Quem irá responder essa pergunta é a nova edição da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), que está sendo realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O levantamento é o primeiro feito depois da pandemia e coleta dados sobre hábitos de consumo em mais de 100 mil domicílios pelo país. Os agentes do IBGE já começaram a visitar as casas da amostra selecionada em novembro do ano passado e devem seguir o trabalho por todo o ano de 2025.
Consumo do café em Minas apresentou queda em último levantamento
Em Minas Gerais, o IBGE irá em 7.635 domicílios, espalhados por 265 municípios, para identificar como estão os padrões de consumo neste ano. Na última pesquisa realizada, em 2018, o estado - que é o maior produtor de café do Brasil - perdeu o posto de maior comprador do grão - lugar conquistado nos levantamentos de 2002 e 2008 -, ficando em quarto lugar na lista dos maiores consumidores da bebida.
A pesquisa mostrou que, em 2018, cada mineiro comprava, em média, 2,69 kg de café moído por ano. A quantidade era menor do que a verificada nos estados do Paraná (2,83kg/pessoa), Bahia (2,78kg/por pessoa) e Santa Catarina (2,73kg/pessoa).
Em 2002, essa quantidade era de 3,34 kg por pessoa em Minas Gerais - a maior do Brasil. Em 2008, houve uma redução, mas o estado ainda seguiu na primeira posição - com 2,97 kg de café moído por pessoa. A queda seguiu até 2018.