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Pesquisadores da
O estudo, publicado na revista científica Intensive & Critical Care Nursing, apontou que a falta de recursos básicos como oxigênio, antibióticos e equipamentos para exames, assim como atrasos no atendimento, aumentam o risco de morte. “Identificamos atrasos substanciais para que os pacientes com sepse recebam exames e tratamentos fundamentais em países de baixa e média renda e reconhecemos a necessidade contínua de reduzir a desigualdade de atendimento em relação aos países de alta renda”, acrescentaram os autores.
Sintomas da sepse incluem febre, calafrios, confusão, pressão baixa e dificuldade para respirar, mas nem sempre são reconhecidos rapidamente. O tratamento exige antibióticos, líquidos intravenosos e, em alguns casos, cuidados intensivos. Quanto mais rápido for iniciado, maiores as chances de sobrevivência.
O estudo também revelou enormes desigualdades na infraestrutura hospitalar. Em Bangladesh, há apenas 0,3 leitos de UTI por 100 mil pessoas, enquanto nos Estados Unidos são 25. Muitos hospitais dependem de familiares para fornecer insumos médicos essenciais. Apenas 38% tinham sistemas de alerta para diagnóstico rápido, e exames importantes demoravam dias para serem realizados.
Especialistas destacam a necessidade de prevenção e de melhor acesso a cuidados médicos. Medidas sugeridas incluem vacinação, acesso à água potável, redução do excesso de pessoas em casa, vias adequadas para ambulâncias e maior educação sobre os sinais da doença. “É importante considerar que os pacientes que sobrevivem à sepse podem ficar com sequelas que os impedem de voltar a trabalhar”, afirmou Facundo Gutiérrez, da Sociedade Argentina de Terapia Intensiva.
O Dia Mundial da Sepse, celebrado em 13 de setembro, reforça a importância da conscientização, do diagnóstico precoce e do acesso rápido ao tratamento contra o problema de sáude.