A luta contra a
A especialista enfatizou que a obesidade é uma doença multifatorial, desmistificando a ideia de que está relacionada apenas à ingestão excessiva de alimentos ou à estética. ‘A obesidade é uma doença, ela precisa ser encarada e respeitada como uma doença’, afirmou Vianello.
A relação entre saúde mental e obesidade
Um dos pontos importantes abordados foi a estreita relação entre transtornos mentais e obesidade. Segundo Vianello, doenças como ansiedade, depressão e compulsão alimentar não só aumentam o risco de desenvolver obesidade, como também podem ser consequências dela, criando um ciclo vicioso difícil de quebrar.
O desafio do tratamento integrado
A abordagem do tratamento da obesidade, conforme a explicação da especialista, deve ser multidisciplinar. Não basta apenas focar na perda de peso; é fundamental tratar as questões emocionais subjacentes.
‘Se você simplesmente fornece um tratamento onde a pessoa vai ter um emagrecimento superficial, mas não são tratados esses transtornos mentais que estão relacionados ao desencadeamento, a chance dessa pessoa voltar a engordar é muito grande’, alertou Vianello.
A médica também abordou o fenômeno da ‘fome emocional’, explicando como padrões psicológicos podem levar as pessoas a buscar comida como válvula de escape. Ela ressaltou a importância de distinguir entre fome real e emocional, um processo que muitas vezes requer mais do que apenas força de vontade.
O papel da medicação no tratamento
Quanto ao uso de medicamentos, incluindo as chamadas
A especialista ressaltou que, embora os medicamentos possam ser uma ferramenta útil, o tratamento baseado apenas na prescrição dessas medicações pode levar à frustração. Além disso, o uso inadequado pode resultar em perda de massa muscular e deficiências nutricionais.
De acordo com a especialista, o tratamento eficaz da obesidade requer uma abordagem holística, considerando tanto os aspectos físicos quanto os emocionais da doença.
(Sob supervisão de Aline Campolina)