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Larva de tênia é a maior causa de epilepsia em regiões de baixa renda, aponta estudo

O exame de imagem é um dos pilares mais importantes para avaliar o tipo de lesão cerebral do paciente

A neurocisticercose (NCC), causada pela larva da Taenia solium, é considerada a maior causa de epilepsia adquirida em regiões endêmicas, como América Latina, Ásia e África

A neurocisticercose (NCC) é considerada a maior causa de epilepsia adquirida em regiões endêmicas, como América Latina, Ásia e África. A doença é causada pela larva da Taenia solium. Cerca de 70% a 90% dos casos manifestam crises, geralmente focais (numa área restrita do cérebro) com generalização bilateral (em ambos os hemisférios).

Essas crises acontecem durante a degeneração de cistos no tecido cerebral, que causa grave inflamação. A principal forma de transmissão é pela ingestão de vegetais com ovos de T. solium ou uso de água contaminada no preparo de alimentos. Apesar dos avanços em tecnologia diagnóstica, controvérsias sobre os métodos mais eficazes para investigar a doença e tratar diferentes perfis de pacientes ainda são identificados.

Um estudo realizado por pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) avaliou critérios de conduta e explorou estratégias futuras com a valorização da medicina personalizada.

“Havia uma necessidade de transformar as informações de neurologia em algo didático para a população médica e para os residentes”, afirmou Thales Pardini, autor do artigo e doutorando no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP) da USP.

Os pesquisadores reforçam que regiões endêmicas são caracterizadas pela precariedade do saneamento básico. “Quando uma água contaminada é utilizada para lavar vegetais, isso vai ser ingerido de maneira acidental”, afirmou Tissiana Haes, médica especialista em Neurofisiologia pelo HC.

O consumo de carne de porco cruo ou mal cozida é a principal forma de adquirir teníase. O consumo apresenta riscos e, caso seja feito, o portador elimina ovos nas fezes, que podem contaminar àgua e alimentos.

“Se uma pessoa tem teníase, ela vai liberar os ovos nas fezes e pode se autocontaminar”, explica Thales Pardini.

*Com informações de Jornal USP

(Sob supervisão de Edu Oliveira)

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Rebeca Nicholls é estagiária do digital da Itatiaia com foco nas editorias de Cidades, Brasil e Mundo. É estudante de jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH). Tem passagem pelo Laboratório de Comunicação e Audiovisual do UniBH (CACAU), pela Federação de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) e pelo jornal Estado de Minas