O presidente nacional do PT, Edinho Silva, afirmou nesta terça-feira (9) que a estratégia eleitoral para as eleições de 2026 será baseada no fortalecimento de alianças nos estados. De acordo com ele, o foco será na construção de palanques robustos para viabilizar a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de ampliar força no Congresso Nacional.
“A vitória do presidente Lula será construída na montagem dos palanques dos Estados”, disse ele em conversa com jornalistas nesta manhã. “A tática do PT tem que ser olhar Estado por Estado quem são os nossos aliados na vida real”.
Segundo Edinho, o partido não pode tratar as siglas aliadas como blocos homogêneos. “O MDB de São Paulo é diferente do MDB do Pará, que é diferente do MDB de Alagoas”, exemplificou ele. Por isso, o PT deve adaptar a tática: “As alianças serão construídas em cada Estado respeitando a caracterização dos partidos em cada Estado”.
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Sucessão e novas lideranças
Questionado sobre o discurso de que a campanha de Lula precisa mirar o futuro, Edinho concordou com a necessidade de atualizar o tom. Ele explicou que o PT já discute internamente a renovação de quadros com potencial nacional: “Nós precisamos testar os novos nacionalmente para pensar no sucessor do presidente Lula”.
E o vice de Lula?
Sobre a formação da chapa presidencial, Edinho elogiou a atuação de Geraldo Alckmin e afirmou que seu futuro político dependerá da própria vontade: “Se ele quiser continuar sendo vice-presidente, ele será. Se ele quiser cumprir outra missão nas eleições de 2026, ele também cumprirá”. Ele reforçou que Alckmin é hoje “uma liderança nacional de primeira grandeza”.
Estados-chave
São Paulo
Edinho Silva reafirmou que o PT pretende liderar a disputa ao Governo de São Paulo com um nome competitivo, e que a decisão será tomada ainda no primeiro semestre do próximo ano. “Abril se afasta, maio decide o que vai fazer”, afirmou.
O presidente do PT destacou que o partido terá candidato e que a escolha não dependerá do adversário, hoje, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que deve tentar a reeleição: “O PT terá candidato. O nosso campo político terá candidato”.
Entre as possibilidades, citou lideranças com densidade no estado, como Fernando Haddad, e o vice-presidente Geraldo Alckmin. “Ele [Haddad] tem que querer ser primeiro”, ponderou Edinho.
Edinho reforçou que São Paulo é prioridade estratégica tanto para a reeleição de Lula quanto para recuperar espaço na maior economia e colégio eleitoral do país. “A vitória do presidente Lula será construída na montagem dos palanques dos Estados”.
Rio de Janeiro
Aliança com Eduardo Paes está “definida”. “Nada, absolutamente nada abala a nossa aliança com o Eduardo Paes”. Benedita da Silva será candidata ao Senado.
Minas Gerais
O partido ainda busca composição para fortalecer o palanque: “Nós vamos ter uma tática eleitoral muito forte em Minas”. Rodrigo Pacheco não está descartado: “Eu não desisti dele”, disse Edinho, apesar de o senador dizer que não pretende disputar.
Ceará e relação com Ciro Gomes
O dirigente lamentou o afastamento do pedetista: “Quem mudou de posição foi o Ciro. Nós estamos exatamente onde sempre estivemos”. “Se o Ciro um dia quiser reatar o diálogo conosco, eu, pessoalmente, vou estar de portas abertas”.
Bahia e PSD
Edinho minimizou rumores de crise com o PSD no estado: “Zero de problema”, disse, citando as lideranças petistas Jerônimo Rodrigues, Rui Costa e Jaques Wagner.
Messias no STF
Sobre Jorge Messias para o Supremo, Edinho disse que a indicação é tecnicamente perfeita: “O Messias, enquanto jurista, é inquestionável”. Segundo ele, qualquer entrave é político, não jurídico: “Tem uma contradição na política, que precisa ser superada”.
Senado será prioridade em 2026
Edinho reforçou que a disputa ao Senado será estratégica para garantir governabilidade: “O grau de liberdade do PT no próximo mandato vai depender muito da maioria no Senado”.