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Vetos do Propag: Simões relata ‘frustração’ e cobra ‘responsabilidade’ do Congresso

O vice-governador de Minas afirmou que espera que o adiamento seja “curto” e que os vetos sejam votados antes do recesso parlamentar

Nas redes sociais, o vice-governador afirmou que Lula e Haddad estão “atrás de dinheiro”.

O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo), disse estar “frustrado”, mas “tranquilo”, após o Congresso Nacional adiar a votação de vetos do presidente Lula (PT) ao projeto do Programa de Pleno Pagamento da Dívida dos Estados com a União (Propag).

Para a Itatiaia, o vice-governador afirmou que acredita que as lideranças, atualmente, já possuem uma “consciência” maior sobre o conteúdo dos vetos. “Não prejudica só Minas Gerais, mas prejudica o Rio Grande do Sul, um estado que precisa de ajuda neste momento, prejudica o Rio de Janeiro, que já foi tão sacrificado pela questão da evolução da dívida por conta dos juros, esquecendo a importância que esses Estados têm na construção do que é o Brasil como economia hoje”, disse.

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De acordo com ele, “responsabilidade” seria a palavra de “ordem” para os parlamentares. A expectativa do governo de Minas é que a votação seja retomada em breve e os vetos do presidente sejam derrubados. “Espero que esse adiamento seja curto e que a gente tenha condição, nos próximos quinze dias, ainda antes do recesso parlamentar, de realizar a votação. Contamos com a solidariedade e responsabilidade dos deputados e senadores”, informou.

Vetos de Lula

Os vetos ao projeto que trata da renegociação das dívidas dos estados com a União impede, entre outros pontos, o uso do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional (FNDR) para abater parte do montante. Também está vetada a possibilidade de novos empréstimos com aval da União e um prazo estendido de até 30 anos para quitação dos débitos.

O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), é um dos principais defensores da derrubada dos vetos. Ele afirma que, sem essa medida, os Estados podem ultrapassar o limite de endividamento permitido e se tornarem financeiramente inviáveis. “É como quem começa pagando 10% da renda na prestação da casa e, anos depois, compromete 60% do salário”, comparou.

A expectativa dos deputados da bancada mineira já era pelo adiamento da discussão, uma vez que o governo de Minas ainda tem buscado o apoio de partidos da base aliada federal, como PP, União Brasil e até o PT, que se comprometeu a debater o tema internamente.

Jornalista pela UFMG com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia desde 2022, atuou na produção de programas, na reportagem na Central de Trânsito e, atualmente, faz parte da editoria de Política.