Durante depoimento à CPMI do INSS nesta quinta-feira (18), Milton Salvador de Almeida Júnior negou qualquer vínculo societário com Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, acusado de facilitar um esquema de desvios de recursos de aposentados e pensionistas.
Milton explicou que atuava como diretor financeiro das empresas de Antunes, realizando operações bancárias, emitindo notas fiscais e coordenando a equipe da área financeira, mas sem competência para verificar se os serviços eram efetivamente prestados.
“Jamais fui sócio de qualquer das empresas do Careca do INSS. Minha função era prestar serviços mediante contrato, ele contratou minha empresa”, declarou.
Segundo Milton, o valor do contrato era de R$ 60 mil por mês, e ele nunca recebeu dividendos. Ele informou que, durante os 14 meses em que esteve à frente da diretoria financeira, as empresas movimentavam cerca de R$ 10 milhões por mês.
O depoente relatou ainda que só se afastou após a ação da Polícia Federal e que, antes disso, acreditava nas declarações de Antunes de que não havia irregularidades. Milton negou ter manuseado dinheiro vivo, presenciado políticos em contato com Antunes ou visitado o Ministério da Previdência.
A defesa do ex-diretor enfatiza que sua atuação era limitada à administração financeira das empresas e que ele não tinha participação nos supostos esquemas fraudulentos investigados pela PF.
Antônio Carlos Camilo Antunes, apelidado de “Careca do INSS”,