Aliados do
Um vídeo divulgado pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal na tarde deste sábado (22) mostra a tornozeleira eletrônica do ex-presidente Jair Bolsonaro
Bolsonaro disse que tinha utilizado um ferro de solda na tentativa de violar o equipamento. A ação começou no fim da tarde de sexta-feira (21) e foi até a madrugada de sábado (22). “Meti um ferro quente aí. Por curiosidade”, disse Bolsonaro no vídeo. Líder do Partido Liberal (PL) na Câmara dos Deputados, o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) afirmou que o episódio mostra como o estado emocional de Bolsonaro está “totalmente alterado”.
Antes disso, alguns aliados negaram publicamente a violação, citada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre Moraes para decretar a prisão do ex-presidente.
Sem tentativa de fuga
Aliados afirmam, porém, que Bolsonaro sofreu um surto, mas não planejava fugir. Eles argumentaram que, se essa fosse a intenção, ele teria removido a tornozeleira no momento da fuga, e não 24 horas antes.
“Se você estivesse com uma tornozeleira eletrônica e quisesse fugir em meio a uma vigília, mexeria no computador de monitoramento do equipamento 24h antes do evento ou cortaria rapidamente o aro segundos antes da fuga, com tudo pronto para zarpar?”, questionou o deputado estadual Lucas Bove (PL), aliado de Bolsonaro, pelas redes sociais.
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Prisão de Bolsonaro
Segundo a decisão de Moraes, a prisão preventiva foi decretada porque Jair Bolsonaro descumpriu as medidas cautelares da prisão domiciliar. O despacho afirma que a
De acordo com informações do Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal, o ex-presidente também tentou romper a tornozeleira eletrônica por volta das 00h deste sábado (22).
“A informação consta da intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho”, disse Moraes.
Cabe lembrar que essa prisão não se trata da pena da condenação por tentativa de golpe, no qual Bolsonaro recebeu 27 anos e três meses de prisão. É possível que ele fique na PF até segunda-feira (24), quando acaba o prazo dos recursos do julgamento do golpe.
Em nota, a defesa de Bolsonaro afirmou que recebeu a decisão com “profunda perplexidade” e que vai recorrer. Os advogados também tentavam que a condenação em regime fechado pela tentativa de golpe fosse revertida em prisão domiciliar, mas o pedido foi negado por Moraes.
“Apesar de afirmar a “existência de gravíssimos indícios da eventual fuga”, o fato é que o ex-Presidente foi preso em sua casa, com tornozeleira eletrônica e sendo vigiado pelas autoridades policiais. Além disso, o estado de saúde de Jair Bolsonaro é delicado e sua prisão pode colocar sua vida em risco”, disseram os advogados.
* Informações com Estadão