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Relator da CPMI do INSS pede prisão preventiva de investigados por fraudes bilionárias

Deputado Alfredo Gaspar cita indícios de autoria, provas da materialidade e risco de fuga, propondo que o pedido seja submetido ao ministro relator André Mendonça

O relator Alfredo Gaspar junto com o presidente da CPMI, o senador Carlos Vianna

Durante a oitiva das investigações da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, nesta segunda-feira (1º), o relator, o deputado Alfredo Gaspar, apresentou um pedido formal de prisão preventiva contra os principais investigados por fraudes em aposentadorias e pensões. Gaspar destacou que há indícios suficientes de autoria e provas da materialidade dos crimes, citando risco de fuga e ameaças recebidas por testemunhas e depoentes.

“Diante da presença dos pressupostos e fundamentos da prisão preventiva, temos vários exemplos de fuga e um risco tremendo de evasão desses criminosos”, afirmou Gaspar. Ele explicou que, embora o delegado responsável pelo inquérito tenha solicitado medidas alternativas ao encarceramento, discorda da decisão, considerando o quadro do sistema prisional brasileiro, no qual milhares cumprem pena por delitos muito menores.

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O relator propôs que a CPMI oficie o ministro relator dos casos, André Mendonça, solicitando a decretação da prisão preventiva de:

1. Andre Paulo Felix Fidelis

2. Eric Douglas Martins Fidelis

3. Cecilia Rodrigues Mota

4. Virgilio Antonio Ribeiro de Oliveira Filho

5. Thaisa Hoffmann Jonasson

6. Maria Paula Xavier da Fonseca Oliveira

7. Alexandre Guimaraes

8. Antonio Carlos Camilo Antunes

9. Rubens Oliveira Costa

10. Romeu Carvalho Antunes

11. Domingos Savio de Castro

12. Milton Salvador de Almeida Junior

13. Adelinon Rodrigues Junior

14. Alessandro Antonio Stefanutto

15. Geovani Batista Spiecker

16. Reinaldo Carlos Barroso de Almeida

17. Vanderlei Barbosa dos Santos

18. Jucimar Fonseca da Silva

19. Philipe Roters Coutinho

20. Mauricio Camisotti

21. Márcio Alaor de Araújo - citado pelo depoente Eli Cohen como operador de consignados junto a instituições financeiras. Segundo ele, todos fazem parte da organização criminosa investigada, e os pedidos estão fundamentados em mais de 3 mil páginas do chamado “Inquérito Mãe 2024-004-5640”.

Gaspar ressaltou ainda que a prisão preventiva é necessária para garantir a ordem pública, a instrução criminal e a segurança de depoentes que relataram ter sido ameaçados. Ele defendeu que, caso a CPMI não considere esses fundamentos suficientes para medidas mais rigorosas, não existiriam critérios claros para aplicação da prisão preventiva em nenhum outro caso no país.

O pedido do relator será agora submetido à votação do colegiado, em mais uma etapa das i nvestigações sobre descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas, prática que motivou a criação da CPMI em abril deste ano.

Aline Pessanha é jornalista, com Pós-graduação em Marketing e Comunicação Integrada pela FACHA - RJ. Possui passagem pelo Grupo Bandeirantes de Comunicação, como repórter de TV e de rádio, além de ter sido repórter na Inter TV, afiliada da Rede Globo.