PT condena declarações de Trump sobre Venezuela: ‘inaceitável e deplorável’

A nota do partido sai no mesmo dia em Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores do Brasil, se reúne pela primeira vez com Marco Rubio para discutir “tarifaço”

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos.

O Partido dos Trabalhadores (PT) condenou as declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a Venezuela — iniciativa que, para a legenda, é “inaceitável e deplorável”.

Em nota publicada nesta quinta-feira (16), o partido afirma que a autorização concedida por Trump à Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) para realizar operações em território venezuelano representa uma “afronta à soberania do país sul-americano e uma violação do Direito Internacional”.

No comunicado, a Comissão Executiva Nacional do PT também ressalta que a CIA tem um “longo histórico de patrocínio e articulação de ações ilegais e desestabilizadoras em países da América do Sul, voltadas a mudanças de regimes considerados hostis por Washington”. A sigla acrescenta ainda que ações “antidemocráticas” como essas não podem ser repetidas.

A manifestação do partido do presidente Lula ocorre no mesmo dia em que o governo brasileiro, por meio do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, realiza sua primeira reunião oficial para discutir o “tarifaço” imposto pela Casa Branca ao Brasil.

Além das questões econômicas envolvendo os dois países, a expectativa é que Vieira e Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA designado por Trump para negociar com o Brasil, também tenham tratado de outras pautas políticas e geopolíticas, incluindo Venezuela, Ucrânia, China e Brics.

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No início do terceiro mandato, Lula prestou solidariedade ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que chegou a cumprir agenda em Brasília.

Em 2024, no entanto, o governo brasileiro não reconheceu as eleições venezuelanas que reconduziram Maduro ao cargo, cobrando transparência na divulgação das atas das seções eleitorais.

Na quarta-feira (14), após as ameaças de Trump, Maduro afirmou que a América Latina e o Caribe não querem uma guerra com os Estados Unidos.

Em evento oficial, o líder venezuelano declarou que o país deseja “paz” e “respeito” à soberania nacional, criticando discursos violentos e o uso da força militar contra adversários políticos.

Graduada em Jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais, com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia, já foi produtora de programas da grade e repórter da Central de Trânsito Itatiaia Emive.

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