Oposição critica decisão de Moraes que decretou perda do mandato de Zambelli

Anulação foi anunciada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (11)

Deputados de direita reagiram com ataques ao ministro e classificaram a medida do Supremo como um ato de “ditadura”

Parlamentares da oposição criticaram a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou a deliberação da Câmara dos Deputados que manteve o mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP). A anulação foi anunciada nesta quinta-feira (11).

Nas redes sociais, deputados de direita reagiram com ataques ao ministro e classificaram a medida do Supremo como um ato de “ditadura”. “E tem gente achando que ainda dá para fazer algo contra a ditadura dentro da normalidade. Fecha o Congresso logo, não tem por que estar aberto”, publicou o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).

O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante, também utilizou as redes sociais para criticar a decisão. O parlamentar chamou Moraes de “ditador psicopata”. “Quando um ministro anula a decisão soberana da Câmara e derruba o voto popular, isso deixa de ser Justiça e vira abuso absoluto de poder. O Brasil viu um ato de usurpação institucional: um homem passando por cima do Parlamento e da vontade do povo”, escreveu.

O deputado Mauricio Marcon (Podemos-RS), vice-líder da oposição na Câmara, definiu como “piada” o decreto de Moraes. “Cassou no canetaço e ainda diz ser o defensor da tal democracia. Que piada!”, disse.

Mandato de Zambelli

A Câmara havia rejeitado, na madrugada desta quinta, a cassação do mandato da parlamentar. O placar ficou em 227 votos favoráveis à perda do mandato, 170 contrários e 10 abstenções — número insuficiente para alcançar a maioria absoluta de 257 votos exigida para cassações.

Com o resultado, a Casa descumpriu determinação do STF, que já havia decidido pela perda do mandato de Zambelli após seu julgamento na Corte. A deputada foi condenada a dez anos de prisão por envolvimento na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Desde julho, ela está presa na Itália, para onde fugiu após a condenação.

* Informações com CNN

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