A deputada federal licenciada
Zambelli foi
Como Zambelli tem dupla cidadania (brasileira e italiana), a extradição pode ser recusada de forma facultativa, ou seja, o país não é obrigado a entregá-la.
Entenda como funciona o processo de extradição
O que é um processo de extradição?
O processo de extradição é o procedimento jurídico e diplomático pelo qual um país entrega uma pessoa acusada ou condenada por um crime a outro país que a solicita.
Esse processo envolve regras internas dos próprios países e acordos internacionais entre eles. Se a extradição é autorizada, a pessoa é entregue ao país solicitante, sob supervisão das autoridades competentes.
Carla Zambelli será extraditada?
Pela dupla cidadania, a Justiça italiana é quem decide se Zambelli será extraditada ou não. A decisão deve seguir tanto o tratado de extradição firmado entre Brasil e Itália, em vigor desde 1993, quanto a legislação interna do país.
Pelo acordo entre os dois países, em casos assim, se a Itália negar a extradição, deve submeter o caso à sua própria Justiça.
O que acontece se Carla Zambelli não retornar ao Brasil?
Se a Justiça Italiana optar pela não extradição de Carla Zambelli, isso significa que o país pode abrir um processo penal local com base nas acusações feitas pelo Brasil, seguindo o acordo entre ambos os países.
Outros processos de extradição
Um último caso famoso é o do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, condenado no escândalo do mensalão. Em setembro de 2015, a Justiça da Itália autorizou a extradição de Pizzolato para o Brasil após uma longa batalha judicial.
Ele fugiu para a Itália em 2012, usando documentos falsos do irmão falecido. Pizzolato também possuía cidadania italiana, mas foi preso em 2014 no país.
Na decisão, a Itália concordou em extraditar Pizzolato considerando que ele teria condições adequadas de cumprimento da pena, garantidas pelo Brasil.