Motta aguarda relatório de Derrite antes de decidir votação do PL Antifacção

Presidente da Câmara diz que decisão sobre a pauta será construída com os líderes partidários

Decisão sobre votação do marco do crime organizado dependerá de consenso entre líderes, diz Hugo Motta

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta quarta-feira (12) que a decisão sobre o momento de votação do novo marco legal do combate ao crime organizado será tomada após o relator, deputado Guilherme Derrite (PP-SP), subir a versão final do texto e apresentar as alterações negociadas com o governo e com as bancadas partidárias.

Segundo Motta, o relatório, que deve ser protocolado ainda nesta quarta, reflete um esforço de construção técnica e política conduzido nos últimos dias. “O deputado Derrite tem dialogado com o governo, com ministérios e com os líderes das bancadas. Ele me informou que estará subindo a versão consolidada do relatório, fruto das sugestões colhidas. A partir daí, vamos reunir os líderes para decidir os próximos passos”, afirmou.

O presidente destacou que não há decisão prévia sobre adiamento ou votação imediata, reforçando que o andamento da matéria dependerá do consenso entre as lideranças. “Não há interesse desta presidência em impor nenhuma vontade. O que queremos é uma construção conjunta, que leve à votação de um texto maduro e equilibrado”, disse.

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Motta relatou ainda ter recebido nesta quarta governadores de cinco estados, Cláudio Castro (RJ), Romeu Zema (MG), Ronaldo Caiado (GO), Jorginho Mello (SC) e a vice-governadora Celina Leão (DF), que pediram mais tempo para análise do texto e defenderam um debate mais amplo sobre o projeto.

Apesar dos pedidos de cautela, o presidente da Câmara frisou que o tema não ficará parado. “Quem apostar que vamos tardar nessa resposta à sociedade está enganado. Queremos construir o melhor texto possível para fortalecer a segurança pública no Brasil”, afirmou.

O PL do Combate ao Crime Organizado, enviado pelo Executivo e relatado por Derrite, busca endurecer penas e modernizar os instrumentos de repressão às facções criminosas, além de definir novos parâmetros de atuação entre as polícias estaduais e a Polícia Federal.

Aline Pessanha é jornalista, com Pós-graduação em Marketing e Comunicação Integrada pela FACHA - RJ. Possui passagem pelo Grupo Bandeirantes de Comunicação, como repórter de TV e de rádio, além de ter sido repórter na Inter TV, afiliada da Rede Globo.

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