Moraes recebe Hugo Motta para discutir projeto que reforça combate às facções criminosas

Reunião em Brasília deve tratar da unificação do “PL Antifacção” com proposta da oposição em um novo marco legal contra o crime organizado

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), se reúne nesta segunda-feira (10) com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos–PB), para discutir o projeto de lei que endurece o combate às facções criminosas. Durante o encontro, Motta deve consultar Moraes sobre o texto que está em tramitação na Câmara.

O projeto foi elaborado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e enviado ao Legislativo no fim de outubro. A proposta ficou conhecida inicialmente como “PL Antifacção”.

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Na sexta-feira (7), Hugo Motta designou o deputado Guilherme Derrite (PP-SP), secretário de Segurança Pública de São Paulo e alinhado à direita, como relator da proposta. A escolha gerou críticas de parlamentares governistas, que consideraram inadequado entregar a relatoria a um nome ligado à oposição.

Motta afirmou que a intenção é unificar o “PL Antifacção” e o “PL Antiterrorismo”, apresentado pela oposição, em um novo texto batizado de “Marco Legal do Combate ao Crime Organizado”.

A ideia é consolidar medidas de enfrentamento ao crime organizado e às milícias, ampliando as punições previstas na legislação.

A reunião entre Moraes e Motta está marcada para as 17h e também deve contar com a presença do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que mais cedo participará de uma audiência com Moraes sobre a ADPF das Favelas - ação que busca reduzir as violações de direitos humanos em operações policiais no Rio de Janeiro.

Repórter de política em Brasília, com foco na cobertura dos Três Poderes. É formado em Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB) e atuou por três anos na CNN Brasil, onde integrou a equipe de cobertura política na capital federal. Foi finalista do Prêmio de Jornalismo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) em 2023.

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