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Haddad diz que vai conversar com Alcolumbre sobre aumento da taxação de bets

Projeto apresentado por Renan Calheiros pode ajudar governo a fechar as contas após derrota em Medida Provisória que elevava impostos

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira (5) que pretende conversar com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), sobre um projeto que aumenta a arrecadação do governo apresentado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL).

Em tramitação na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), o texto prevê uma tributação maior de instituições financeiras, fintechs e bets, que renderia quase R$ 5 bilhões no próximo ano. Se aprovada, a proposta pode ajudar a resolver parte do rombo fiscal deixado pela decisão da Câmara dos Deputados de não analisar uma Medida Provisória com a mesma finalidade.

“Isso foi uma decisão do mandato do senador, que entendia como correta a orientação do governo em relação a bets e milionários. E achou por bem reapresentar para a CAE, uma vez que não tinha passado pelo Senado, essa propositura. Vou conversar com os senadores hoje para saber como pretendem encaminhar”, declarou o chefe da equipe econômica a jornalistas.

Pelo projeto, a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) paga por bancos e sociedades de crédito subiria dos atuais 15% para 20%. Já a taxa para fintechs, corretoras e distribuidoras seria elevada de 9% para 15%.

Em relação às bets, a contribuição sobre a receita bruta dos jogos passaria de 12% para 24%, sendo metade desse valor destinado à compensação de estados e municípios pela perda com o IR.

“Como teve o episódio da Câmara, temos de encontrar um caminho. Ali é mais uma questão de justiça tributária do que de resultado fiscal. Porque, realmente, está desbalanceada a tributação desses super-ricos”, completou Haddad.

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Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.