A Justiça de São Paulo tornou réu o deputado estadual
O parlamentar ainda vai ter que pagar uma multa de R$ 50 mil por violar ordens judiciais, como mencionar a vítima publicamente e tentar manter contato indevido.
Na denúncia apresentada pelo Ministério Público em outubro, a Promotoria argumenta que Lucas pressionava emocionalmente Cíntia com intimidações ostensivas, e, “enquanto ele fumava maconha, tinha o hábito de ficar manuseando a arma de fogo que possui e a apontava para a direção da vítima, como se fosse uma brincadeira”.
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Ainda consta que Lucas chegou a arremessar uma faca contra a perna da vítima. O deputado também dizia, segundo a denúncia, que a mataria com a arma se descobrisse alguma traição e pediria para o segurança esconder o corpo da vítima.
A defesa da influenciadora Cíntia Chagas diz que “o fato de a Justiça acolher as denúncias do Ministério Público e transformar Lucas Bove em réu pelos crimes de crimes de violência psicológica, física, perseguição, ameaça e descumprimento de medidas protetivas contra Cíntia Chagas é um passo fundamental no combate à impunidade e um marco na aplicação da Lei Maria da Penha em sua plenitude, inclusive diante da violência praticada por meios digitais e institucionais”.
O que diz a defesa de Lucas Bove?
“O deputado Lucas Diez Bove, através de seus advogados constituídos, esclarece que felizmente o descabido pedido de prisão acabou indeferido, REAFIRMANDO que agora finalmente poderá comprovar a mendacidade das acusações que lhe foram dirigidas, produzindo provas que evidenciem sua inocência, de forma absoluta. Não se perca de vista que esse mesmo enredo ocorreu quando a intitulada vítima acusou seu ex-companheiro, o qual acabou inocentado e indenizado porque se constatou que as acusações eram falsas. Essa defesa não cansará de ressaltar e não se conformar com o vazamento contínuo de informações a respeito do processo, que possui segredo e sigilo judicial, bem como que a intitulada pseudo vítima, Cintia Maria Chagas, mesmo havendo expressa ordem, continua a desrespeitar e descumprir as suas decisões restritivas, querendo criar suas falsas narrativas”.