Geração de energia limpa no agro: setor é destaque em produção sustentável

Uso de energia limpa na agricultura já automatiza processos e contribui para a expansão do setor

Maior complexo solar do hemisfério sul fica no Norte de Minas e é de responsabilidade da Elera Renováveis

A energia elétrica transformou a forma de produção na agricultura, permitindo a mecanização de processos, a automação e a melhoria da qualidade de vida de quem vive no campo. Hoje, o agro representa uma parcela significativa do consumo total de energia elétrica no país. A irrigação e as agroindústrias estão entre as atividades que mais demandam eletricidade.

Minas Gerais se destaca pelo amplo espaço rural, com grandes áreas propícias à geração de energia, especialmente a solar, por meio das fazendas fotovoltaicas, e também pelo uso de resíduos para a produção de eletricidade.

Dados da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Emater) apontam que a agricultura foi responsável, no primeiro bimestre deste ano, por 43% das exportações do estado, um recorde para o período na série histórica, superando inclusive a mineração. Com o alto consumo, vem também o custo elevado: os produtores rurais gastam bastante com energia elétrica e, por isso, buscam alternativas para economizar.

O secretário-adjunto da Secretaria de Agricultura de Minas, João Ricardo Albanez, destaca que há muitas demandas do setor supridas pela energia elétrica e que o governo tem incentivado o uso de fontes renováveis no campo.

“Há algum tempo, o leite era transportado em baldes. Hoje, nós temos tanques de resfriamento, ordenhas automatizadas, e tudo isso está diretamente relacionado a uma fonte de energia de qualidade. A Secretaria da Agricultura tem apoiado essas energias, não só a fornecida pela Cemig, mas também as renováveis. Muitos produtores têm adotado a implantação de plantas fotovoltaicas para reduzir custos e melhorar a distribuição de energia, o que também gera energia para o campo”, afirma.

Secretário adjunto da Secretaria de Agricultura de Minas, João Ricardo Albanez

Regiões com grandes fazendas, campos abertos, sem sombra de prédios e com muita incidência solar são ideais para a instalação de usinas fotovoltaicas. Um exemplo é o Complexo Solar Janaúba, o maior do hemisfério sul, localizado em área rural no norte de Minas. São quase quatro mil hectares de painéis solares capazes de gerar energia suficiente para abastecer uma cidade de um milhão e duzentos mil habitantes.

O presidente de Operações da Elera Renováveis, Francisco Galvão, responsável pelo complexo, explica a escolha estratégica da região para o empreendimento.

“Quando se vai implantar um projeto, é feita uma avaliação da capacidade solarimétrica, ou seja, da média de sol, dos dias abertos e do potencial ao longo do ano. O norte de Minas tem uma característica muito positiva: conseguimos aproveitar bem o recurso natural e transformá-lo em energia. A região Nordeste tem um potencial eólico maior, com ventos mais constantes e previsíveis, mas no norte de Minas a principal vocação é, de fato, solar”, explica Galvão.

Presidente de Operações da Elera Renováveis, Francisco Galvão

Para o produtor rural que deseja gerar a própria energia por meio de usinas solares, ainda existem desafios, como a burocracia e o receio de descumprir regras ambientais. Pensando nisso, projetos têm sido criados para facilitar o processo. Referência no tema, a cidade de Curvelo, na região central de Minas, vai auxiliar produtores no licenciamento ambiental para instalação de usinas, conforme explica a secretária municipal de Meio Ambiente, Mariana Bueno.

“Com a intenção de desburocratizar a questão ambiental e documental dos produtores, vamos municipalizar o licenciamento ambiental. Nada melhor do que fazer uma análise local. A secretaria terá o poder de realizar essa análise e conceder o licenciamento, garantindo que o funcionamento dessas usinas ocorra dentro da lei e dos padrões exigidos”, afirma Bueno.

Secretária municipal de Meio Ambiente, Mariana Bueno

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Jornalista graduado pela PUC Minas; atua como apresentador, repórter e produtor na Rádio Itatiaia em Belo Horizonte desde 2019; repórter setorista da Câmara Municipal de Belo Horizonte.
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