A energia solar vem ganhando espaço no Brasil e no mundo como uma das principais alternativas para uma matriz elétrica mais limpa e sustentável. As usinas solares fotovoltaicas, utilizam a luz do Sol como fonte para produzir eletricidade, aproveitando um recurso natural abundante e renovável.
Segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (Epe), em 2024, as plantas de geração solar fotovoltaica tiveram grande destaque, com aumento de sua capacidade instalada em 28% em relação a 2023. No mesmo ano, de acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), em 2024, Minas Gerais se destacou como o estado com a maior quantidade de usinas instaladas, com 3.173,85 MW, seguido da Bahia (2.408,67 MW) e Rio Grande do Norte (1.816,38 MW).
Funcionamento das usinas fotovoltaicas
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), detalha que o funcionamento dessas usinas é baseado no efeito fotovoltaico. O processo ocorre quando a luz solar, composta por partículas chamadas fótons, atinge materiais semicondutores, geralmente silício, presentes nas células fotovoltaicas. Essa interação libera elétrons, que geram a corrente elétrica.
As células são agrupadas em painéis solares cobertos por vidros pouco refletivos, que otimizam a absorção da luz. A energia gerada, no entanto, sai em corrente contínua, o que exige o uso de um equipamento chamado inversor, responsável por convertê-la em corrente alternada, padrão utilizado no sistema elétrico brasileiro. A eletricidade segue então para transformadores e é distribuída pela rede de transmissão até os centros de consumo.
Vantagens e desafios
Entre as vantagens das usinas solares estão a produção de energia limpa, sem emissão de gases poluentes, e o baixo custo de operação e manutenção. Além disso, os painéis têm longa durabilidade, com vida útil superior a 25 anos.
Apesar dos benefícios, o modelo apresenta desafios. A geração depende da luz solar, o que impossibilita a produção à noite e reduz a eficiência em dias nublados ou chuvosos. Além disso, os complexos solares demandam grandes áreas para instalação, o que pode gerar conflitos de uso do solo e custos adicionais de transmissão. Mesmo assim, a energia solar se consolida como uma das apostas mais promissoras para o futuro da matriz elétrica brasileira.

