Em artigo publicado neste domingo (14) no jornal New York Times (NYT), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu o Supremo Tribunal Federal (STF) e disse ter ‘orgulho’ da decisão que resultou na
No texto, Lula classificou a decisão como histórica. “Estou orgulhoso do Supremo Tribunal Federal pela sua decisão histórica de quinta-feira, que salvaguarda nossas instituições e o Estado democrático de direito”, disse.
O petista rebateu críticas internacionais, especialmente dos Estados Unidos, que acusam a Justiça brasileira de perseguir Bolsonaro. “Isso não foi uma ‘caça às bruxas’. O julgamento foi resultado de um processo conduzido em conformidade com a Constituição de 1988, promulgada após duas décadas de luta contra uma ditadura militar”, escreveu.
Segundo Lula, as investigações comprovaram a gravidade dos atos atribuídos ao ex-presidente. “Foram descobertos planos para me assassinar, assim como ao vice-presidente e a um ministro do Supremo. Também foi encontrado um rascunho de decreto que teria, na prática, anulado o resultado das eleições de 2022”, relatou.
No artigo, Lula também acusou o governo de Donald Trump de agir politicamente ao usar tarifas comerciais e instrumentos diplomáticos para pressionar o Brasil.
O presidente reforçou que a democracia brasileira não está em negociação. “A democracia e a soberania do Brasil não estão na mesa de negociações. Quando os Estados Unidos viram as costas para uma relação de mais de 200 anos com o Brasil, todos perdem”, destacou.
Apesar das críticas, Lula disse estar aberto ao diálogo com Washington, desde que haja respeito mútuo. “O Brasil continua disposto a negociar tudo que possa trazer benefícios mútuos. Mas a democracia brasileira e sua soberania não serão colocadas em jogo”, concluiu.