Como é o passeio do Capivarã na Lagoa da Pampulha? Veja imagens da estreia da atração

O passeio é gratuito, tem duração de cerca de 30 minutos e faz parte de um projeto-piloto de três meses, incluindo visita a cartões-postais como a Igrejinha, o antigo Cassino e a Casa do Baile

População poderá navegar na Lagoa da Pampulha a partir deste sábado (27)

Este sábado (27) marca o início dos passeios turísticos de catamarã na Lagoa da Pampulha, um dos principais cartões-postais de Belo Horizonte. A atividade será aberta ao público no período da tarde, enquanto, pela manhã, a estreia foi destinada a veículos de imprensa, a convite da Prefeitura, com a presença do prefeito Álvaro Damião (União).

O embarque ocorreu no CAT Veveco, localizado na Avenida Otacílio Negrão de Lima, 855. O Capivarã, nome dado ao catamarã, tem dois andares: parte dos passageiros permanece sentada, enquanto outra parte segue em pé no segundo pavimento, que não possui cobertura.

O passeio começa com instruções de segurança sobre o uso do colete salva-vidas. Em seguida, o trajeto tem duração aproximada de 30 minutos e passa por pontos como a Igreja São Francisco de Assis (Igrejinha da Pampulha), o antigo Cassino, o Iate Tênis Clube e a Casa do Baile, que integram o conjunto arquitetônico projetado por Oscar Niemeyer.

Durante o percurso, apesar do calor provocado pela onda de calor que atinge a cidade, não foi percebido mau cheiro ao longo do passeio.

A navegação é gratuita e faz parte de um projeto-piloto com duração de três meses. Os ingressos para este fim de semana se esgotaram em menos de um minuto. Na próxima semana, não haverá passeio na quinta-feira, 1º de janeiro de 2026.

A programação segue normalmente de sexta-feira (2) a domingo (4).

Divide opiniões

Entre os visitantes, a novidade foi bem recebida. “Achei bem bacana esse projeto. Dá para reunir a família, aproveitar um dia de sol como hoje e passear um pouco pela lagoa, conhecer melhor o espaço”, afirmou.

Outro avaliou que os passeios podem ajudar a atrair mais público. “Gostei bastante. Acredito que seja uma implementação para chamar mais turistas. Achei bem bacana, foi muito bom”, disse.

Já morador da região fez críticas à implantação dos passeios turísticos e questionou se a qualidade da água foi devidamente avaliada antes do início da atividade. “Acho que estão colocando o carro na frente dos bois. Antes de fazer turismo, era preciso saber se a água realmente está própria”, afirmou.

Ele demonstrou preocupação com possíveis riscos à saúde e disse temer que alguém possa ter contato com água contaminada. “A gente não sabe como está a qualidade da água, se já fizeram os laudos, se o problema do esgoto foi resolvido, se as estações de tratamento estão funcionando e se os lançamentos irregulares foram evitados”, disse.

Prefeito fala sobre tratamento da água

O prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União), afirmou, durante coletiva de imprensa, que a navegação ocorre com garantia de qualidade da água e reforçou a necessidade da implantação de uma estação exclusiva de tratamento de esgoto para a região.

“O Índice de Qualidade da Água (IQA) da Lagoa da Pampulha é classificado como bom a ótimo na parte mais baixa, e é esse mesmo padrão que queremos alcançar também na região superior. Nas conversas com a Copasa, que busca a renovação do contrato, a PBH tem sido clara: a cidade está aberta ao diálogo, mas não abre mão da implantação de uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) na parte alta da lagoa”, afirmou.

Segundo ele, a proposta é separar corretamente a água da chuva do esgoto.

“Hoje, durante o período chuvoso, todo esse volume acaba chegando misturado à Pampulha, que não tem capacidade para suportar essa carga. O objetivo é impedir que o esgoto continue sendo lançado no espelho d’água e garantir um controle mais eficiente do sistema”, disse.

Ainda de acordo com o prefeito, a prefeita de Contagem, Marília Campos, também tem cobrado providências da Copasa para avançar nas ações de saneamento básico na região”, acrescentou.

O que diz a Copasa

A Copasa informou, por meio de nota, que todo esgoto coletado na bacia da Lagoa da Pampulha, nos municípios de Belo Horizonte e Contagem, é tratado na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Onça.

“A Companhia reitera seu compromisso com a qualidade ambiental da bacia por meio do Programa Reviva Pampulha, que já disponibilizou serviços de saneamento para 99,5% da população, com investimentos de mais de R$ 80 milhões nas ações de mobilização social, fiscalização, melhorias operacionais e construção de redes e ligações domiciliares de esgoto”, disse.

A Copasa reforça ainda que, “para uma condição de qualidade ainda melhor, todos devem contribuir ativamente no combate ao descarte irregular de lixos, resíduos e sedimentos em todos os bairros da região da lagoa.”

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Formou-se em jornalismo pela PUC Minas e trabalhou como repórter do caderno de Gerais do jornal Estado de Minas. Na Itatiaia, cobre principalmente Cidades, Brasil e Mundo.
Graduado em jornalismo e pós graduado em Ciência Política. Foi produtor e chefe de redação na Alvorada FM, além de repórter, âncora e apresentador na Bandnews FM. Finalista dos prêmios de jornalismo CDL e Sebrae.

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