Damião cobra governo Zema e diz que Pampulha é navegável graças à Prefeitura de BH

Prefeito Álvaro Damião afirmou que governo estadual não precisa se preocupar com embarcações na Pampulha, mas que resolva problemas de esgotos despejados na lagoa

Prefeito Álvaro Damião afirmou que Lagoa da Pampulha voltou a ser navegável graças ao trabalho da PBH

O prefeito Álvaro Damião (União) cobrou do governo Zema e da Copasa ações efetivas para acabar com o esgoto que é despejado na Lagoa da Pampulha e afirmou que a volta de embarcações no local acontece graças ao trabalho da Prefeitura de Belo Horizonte.

Neste domingo (5), o prefeito de BH anunciou para o dia 12 de dezembro, aniversário da capital mineira, o início de um passeio de catamarã na lagoa. “Esses passeios vão acontecer de quinta a domingo, 3 vezes por dia, de 9h às 17h. O passeio dura em média 1 hora, aproximadamente”, explicou Damião.

O prefeito aproveitou o anúncio para alfinetar o governo Zema e ressaltar que a responsabilidade pela volta das atividades náuticas na Pampulha é da PBH.

Há duas semanas, o vice-governador Mateus Simões (Novo) anunciou, em evento na Pampulha, a volta das embarcações na lagoa. No mesmo dia, a PBH divulgou uma nota dizendo que a medida já vinha sendo articulada pelo Executivo municipal meses antes.

‘Respeitem a lagoa’, afirmou prefeito

Neste domingo (5), Damião cobrou que o governo de Minas faça a parte dele e afirmou que o cheiro ruim em alguns trechos da lagoa são responsabilidade da Copasa.

“O cheiro que falavam que era da Lagoa da Pampulha, não é dela. É o esgoto na cabeceira do aeroporto. Eu quero que o governo do estado faça só a parte dele através da Copasa. Que não deixe mais os rejeitos chegarem na lagoa. Não precisa se preocupar em colocar barco na lagoa e recapear a orla, isso tudo a prefeitura já faz há anos. A lagoa está em Belo Horizonte. Respeitem a lagoa e as pessoas que estão à frente do processo. A Pampulha será navegável porque a prefeitura está fazendo isso”, afirmou Damião.

O prefeito disse ainda que foi preciso uma ordem judicial para que a Copasa iniciasse ações para coleta do esgoto que era despejado na Pampulha.

“A Copasa que faça o trabalho dela, que está sendo feito por uma ordem judicial. E eu agradeço por estar fazendo. Mas, que faça o papel dela, não deixe mais o esgoto chegar na lagoa. É essa parceria que a gente quer. A Pampulha é navegável por causa da prefeitura de Belo Horizonte. Quem cuida da lagoa é a Prefeitura de BH. E não sou eu prefeito Álvaro Damião não, eu reconheço que isso aqui foi feito pelo Fuad. Ele colocou o nome dele quando todas as pancadas eram tomadas. Não tenho compromisso que fez ou tentou fazer coisa errada com a lagoa”, finalizou Damião.

Resposta da Copasa

Por meio de nota, a Copasa informou que está “empreendendo todos os esforços para o cumprimento das ações propostas no Plano de Ação da Pampulha. O último relatório divulgado revela avanços expressivos na execução do Plano de Ação, consolidando a Companhia como protagonista na recuperação ambiental e no fortalecimento da infraestrutura de saneamento da região metropolitana de Belo Horizonte”.

“Entre abril e junho de 2025, foram concluídas 331 novas ligações prediais de esgoto, elevando o total acumulado para 4.910 ligações, o que representa 50% da meta prevista no acordo firmado com os municípios de Belo Horizonte e Contagem, o Ministério Público Federal e o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais”, diz a nota.

Segundo a Copasa, para garantir que todos os imóveis da bacia façam ligações com as redes de esgoto, é necessário um trabalho conjunto com as prefeituras de BH e Contagem. “A empresa não tem poder de polícia para obrigar os clientes a se conectarem ao sistema público de esgotamento sanitário”, explicou a estatal mineira.

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Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.

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