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Bertha Maakaroun | Lula e Álvaro Damião: Alianças e próximos passos na política mineira

Damião afinou o relacionamento com o governo federal, embora seja de um partido que tenha desembarcado da gestão de Lula nesta semana

Prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil) e presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

Troca de afagos e aproximação política entre o presidente Lula (PT) e o prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União). Em seu discurso de abertura da agenda com Lula no Aglomerado da Serra, nesta quinta-feira (4), para o lançamento do programa “Gás do Povo”, Álvaro Damião demonstrou que colocará os interesses da capital acima de questões partidárias.

Embora seja filiado ao União Brasil, legenda federada ao PP que anunciou, esta semana, a decisão de deixar a base de apoio do governo Lula, Damião afinou o relacionamento com o governo federal. É a mesma política adotada pelo prefeito Fuad Noman (PSD), falecido em março deste ano.

Lula fez convite público a Damião para que o visite em Brasília. O prefeito confirmou que na semana que vem, estará na capital federal para assinar convênios da ordem de R$ 500 milhões entre Prefeitura e União.

Em Minas, a federação União Progressista tende ao alinhamento com a candidatura do vice-governador Mateus Simões (Novo). Mas se o senador Rodrigo Pacheco (PSD) – quem articulou a chapa Fuad Noman-Álvaro Damião – confirmar a candidatura ao governo de Minas, a tendência é de que Damião apoie Pacheco e a seu campo político.

A afinidade entre Álvaro Damião e Rodrigo Pacheco não muda, apesar de na composição do governo municipal, por especificidades da política local, Marcelo Aro, secretário de Governo de Romeu Zema e candidato ao Senado, tenha indicações na Coordenadoria Especial de Vilas e Favelas. Nesta sétima visita do ano de Lula a Minas Gerais, a candidatura de Rodrigo Pacheco já é dada como certa.

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Jornalista, doutora em Ciência Política e pesquisadora